quarta-feira, 27 de março de 2013

Macapá precisa de novo modelo administrativo

Rodolfo Juarez
A cidade de Macapá, não é possível deixar de reconhecer, está passado por momento difícil em sua mobilidade.
Não se trata daquela mobilidade educativa, muito falada depois que o Estatuto das Cidades definiu como prioridade para a qualidade de vida para o cidadão, mas sim, daquela que prejudica o dia-a-dia de todos, impossibilitando, inclusive, a movimentação das pessoas para executar a sua rotina diária.
São ruas alagadas ou completamente enlameadas que assim permanecem por muito tempo, ou um tempo muito maior do que aquele razoavelmente aceitável, impedindo que as pessoas, simplesmente, saiam de casa como um cidadão que possa dizer que mora em uma cidade que está, pelo menos, sendo cuidada.
A população se depara com ruas e avenidas nas quais não é possível andar a pé, a não ser que esteja disposto a pisar na lama, ou a enfrentar a água parada que, muitas vezes, cobrem o pátio e a cozinha da casa e, até, os outros ambientes, aqueles construídos em níveis mais altos.
Essa é uma realidade que está constatada e não se trata de casos fortuitos ou eventualidades que podem ser debitadas à forma maior. Não, esses casos estão repetidos em muitos bairros, inclusive em pontos considerados de muita importância para o trânsito de veículos de transporte coletivo.
Não se trata mais de uma situação passageira, se trata de um problema grave e que precisa ser resolvido. Uma questão que está influenciando, de forma direta, na qualidade de vida do cidadão e, até, ferindo alguns dos seus direitos primários, como aquele de ter uma qualidade de vida condizente com os tributos que repassa todos os dias, para os gestores públicos administrarem.
A população de Macapá está acompanhando a modernidade chegar para os vizinhos e vê-se prejudicada em muitos pontos porque essa mesma modernidade, ou chega por aqui para poucos, ou pela metade para a maioria.
Enquanto não forem resolvidas as questões básicas, de pouco vai adiantar, na prática, a disponibilidade dos avanços tecnológicos, a não ser se para deleite de poucos e a irritação da maioria.
Já está passado da hora de reconhecer a situação em que se encontra Macapá.
Não há mais como convencer a população de que as dificuldades superam as necessidades que as pessoas passam, pois vêm todos os dias, decisões que estão longe de serem aqueles que são esperadas por mais de dez anos.
A seara pública precisa compreender que a cidade de Macapá precisa de dirigentes que pensem um pouco nela, deixem de fazê-la trampolim para as suas ambições pessoais ou de grupo, pois, de repente, todos ficam tão prejudicados que outros, que estão fora do contexto, apresentem-se para resolver os problemas que estão tão evidentes, mas tão evidentes mesmo, que só não os vê que não quer.
Observe que os buracos deixaram de ser o grande problema, não porque eles diminuíram de tamanho ou de quantidade, mas porque foram superados pela gravidade social com que outros problemas atuais afetam a comunidade.
Enxugar a prefeitura no seu aspecto administrativo, dotar as áreas executivas de profissionais habilitados para o enfrentamento desses problemas e mostrar-se suficientemente competente para adquirir a confiança de terceiros, deve ser o perfil daqueles que estão com a incumbência de prestar o seu serviço, tratando a cidade, respeitando o seu povo e sendo eficiente no gasto do dinheiro que a população entrega aos administradores.  

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