A cidade de
Macapá, não é possível deixar de reconhecer, está passado por momento difícil
em sua mobilidade.
Não se trata
daquela mobilidade educativa, muito falada depois que o Estatuto das Cidades
definiu como prioridade para a qualidade de vida para o cidadão, mas sim,
daquela que prejudica o dia-a-dia de todos, impossibilitando, inclusive, a
movimentação das pessoas para executar a sua rotina diária.
São ruas
alagadas ou completamente enlameadas que assim permanecem por muito tempo, ou
um tempo muito maior do que aquele razoavelmente aceitável, impedindo que as
pessoas, simplesmente, saiam de casa como um cidadão que possa dizer que mora
em uma cidade que está, pelo menos, sendo cuidada.
A população se
depara com ruas e avenidas nas quais não é possível andar a pé, a não ser que
esteja disposto a pisar na lama, ou a enfrentar a água parada que, muitas
vezes, cobrem o pátio e a cozinha da casa e, até, os outros ambientes, aqueles
construídos em níveis mais altos.
Essa é uma
realidade que está constatada e não se trata de casos fortuitos ou
eventualidades que podem ser debitadas à forma maior. Não, esses casos estão
repetidos em muitos bairros, inclusive em pontos considerados de muita
importância para o trânsito de veículos de transporte coletivo.
Não se trata
mais de uma situação passageira, se trata de um problema grave e que precisa
ser resolvido. Uma questão que está influenciando, de forma direta, na
qualidade de vida do cidadão e, até, ferindo alguns dos seus direitos
primários, como aquele de ter uma qualidade de vida condizente com os tributos
que repassa todos os dias, para os gestores públicos administrarem.
A população de
Macapá está acompanhando a modernidade chegar para os vizinhos e vê-se
prejudicada em muitos pontos porque essa mesma modernidade, ou chega por aqui
para poucos, ou pela metade para a maioria.
Enquanto não
forem resolvidas as questões básicas, de pouco vai adiantar, na prática, a
disponibilidade dos avanços tecnológicos, a não ser se para deleite de poucos e
a irritação da maioria.
Já está passado
da hora de reconhecer a situação em que se encontra Macapá.
Não há mais como
convencer a população de que as dificuldades superam as necessidades que as
pessoas passam, pois vêm todos os dias, decisões que estão longe de serem
aqueles que são esperadas por mais de dez anos.
A seara pública
precisa compreender que a cidade de Macapá precisa de dirigentes que pensem um
pouco nela, deixem de fazê-la trampolim para as suas ambições pessoais ou de
grupo, pois, de repente, todos ficam tão prejudicados que outros, que estão
fora do contexto, apresentem-se para resolver os problemas que estão tão
evidentes, mas tão evidentes mesmo, que só não os vê que não quer.
Observe que os
buracos deixaram de ser o grande problema, não porque eles diminuíram de
tamanho ou de quantidade, mas porque foram superados pela gravidade social com
que outros problemas atuais afetam a comunidade.
Enxugar a
prefeitura no seu aspecto administrativo, dotar as áreas executivas de
profissionais habilitados para o enfrentamento desses problemas e mostrar-se
suficientemente competente para adquirir a confiança de terceiros, deve ser o
perfil daqueles que estão com a incumbência de prestar o seu serviço, tratando
a cidade, respeitando o seu povo e sendo eficiente no gasto do dinheiro que a
população entrega aos administradores.
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