domingo, 13 de maio de 2012

AS BRIGAS QUE CHATEIAM

Rodolfo Juarez

Já faz algum tempo que os principais órgãos do Estado vêm vivendo dificuldades para fazer-se compreender pela população que, depois de um momento de procurar justificativas para os atos dos dirigentes desses órgãos estaduais, está passando para uma etapa que quer saber quem são os culpados pela posição em que ficaram colocados os interesses da Administração e da população.

Dá a impressão que os dirigentes, por mais que queiram, não encontram mais o fia da meada e enveredam por campos desconhecidos onde tudo pode acontecer, inclusive confrontos que nem eles mesmos desejam.

Percebe-se que há uma vontade de todos em chegar a um entendimento. O problema é que nenhum quer reconhecer os seus defeitos, temendo a forma como a população vai reagir e lançam mão de desculpas que não servem para nada, a não ser para irritar os litigantes e a população que observa o que está acontecendo.

E eles continuam fazendo a história atual do Amapá, cheia de acusações, desrespeitosas, como se as autoridades locais, todas elas, pudessem suportar atitudes que não fazem parte de nenhuma boa orientação para administrar uma casa, uma pequena empresa e, muito menos, um estado como o Estado do Amapá.

São muitos os problemas que decorrem desse amontoado de tentativas de justificar para a população de que, todos eles, estão absolutamente certos, quando, o que se sabe, é que todos eles, estão acumulando erros todas as vezes que procuram justificar as medidas que tomam e as promessas que fazem.

As constantes idas ao Judiciário local e nacional, pelo Governo do Estado, de nada prático tem servido, a não ser para animar o lado escolhido para ser contrário à reagir, utilizando-se das armas que possuem – as comissões parlamentares de inquérito, os vetos e outros freios que são colocados no sentido de prejudicar a eficiência do Governo do Estado.

Parece mesmo o que a população já cristalizou em suas avaliações e que precisa de melhor explicado – as Comissão Parlamentares de Inquérito.

No momento duas CPIs estão em plena funcionamento na Assembléia Legislativa: uma voltada para apurar irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde; e outra para apurar a situação da Amprev.

E esse desacerto entre o Governo e a Assembléia Legislativa está provocando um desgaste tão grande na relação entre os dois órgãos estaduais que já são inevitáveis os prejuízos que a curto, médio e longo prazo deverão ser debitados para a população pagar, desperdiçando recursos que poderiam estar servindo para o desenvolvimento de outros projetos e de outras atividades conforme a vontade da população.

Como se não bastassem o desgaste na relação Governo e Assembleia Legislativa, agora está se aprofundando o desgaste entre a Assembléia e o Ministério Público. As acusações de um e outro lado têm levado ao entrincheiramento dos artilheiros de um e de outro órgão, na defesa de suas salas secretas.

A dúvida paira rapidamente – qual a defesa real que está sendo praticada?

Ainda não dá para definir isso porque os próprios “generais” escalados para tratar dos declarados vícios decorrentes da verba indenizatória e das diárias – do lado do MP -, como aqueles para combater os vícios dos auxílios (doença e moradia) – do lado da Assembléia Legislativa.

Enquanto isso a relação entre os gestores dos dois órgãos, principalmente de respeito, desce na escala de referência, atingindo índices muito baixos e fora daquilo que as regras, inclusive constitucionais, pregam.

A maior vontade da população tem é de ver todos os órgãos – Governo do Estado, Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público e, se possível, o Defensoria Pública, trabalhando harmonicamente, gastando bem a receita do Estado, valorizando cada centavo para que os investimentos possam aparecer, as atividades desenvolvidas com zelo e as compras feitas obedecendo a livre concorrência e o que manda as constituições federais e estaduais.

As brigas chateiam e irritam! 


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