Rodolfo
Juarez
Já faz algum
tempo que os principais órgãos do Estado vêm vivendo dificuldades para fazer-se
compreender pela população que, depois de um momento de procurar justificativas
para os atos dos dirigentes desses órgãos estaduais, está passando para uma
etapa que quer saber quem são os culpados pela posição em que ficaram colocados
os interesses da Administração e da população.
Dá a impressão
que os dirigentes, por mais que queiram, não encontram mais o fia da meada e
enveredam por campos desconhecidos onde tudo pode acontecer, inclusive
confrontos que nem eles mesmos desejam.
Percebe-se que
há uma vontade de todos em chegar a um entendimento. O problema é que nenhum
quer reconhecer os seus defeitos, temendo a forma como a população vai reagir e
lançam mão de desculpas que não servem para nada, a não ser para irritar os
litigantes e a população que observa o que está acontecendo.
E eles continuam
fazendo a história atual do Amapá, cheia de acusações, desrespeitosas, como se
as autoridades locais, todas elas, pudessem suportar atitudes que não fazem
parte de nenhuma boa orientação para administrar uma casa, uma pequena empresa
e, muito menos, um estado como o Estado do Amapá.
São muitos os
problemas que decorrem desse amontoado de tentativas de justificar para a
população de que, todos eles, estão absolutamente certos, quando, o que se
sabe, é que todos eles, estão acumulando erros todas as vezes que procuram
justificar as medidas que tomam e as promessas que fazem.
As constantes
idas ao Judiciário local e nacional, pelo Governo do Estado, de nada prático
tem servido, a não ser para animar o lado escolhido para ser contrário à
reagir, utilizando-se das armas que possuem – as comissões parlamentares de
inquérito, os vetos e outros freios que são colocados no sentido de prejudicar
a eficiência do Governo do Estado.
Parece mesmo o
que a população já cristalizou em suas avaliações e que precisa de melhor
explicado – as Comissão Parlamentares de Inquérito.
No momento duas
CPIs estão em plena funcionamento na Assembléia Legislativa: uma voltada para
apurar irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde; e outra para apurar a
situação da Amprev.
E esse desacerto
entre o Governo e a Assembléia Legislativa está provocando um desgaste tão
grande na relação entre os dois órgãos estaduais que já são inevitáveis os
prejuízos que a curto, médio e longo prazo deverão ser debitados para a
população pagar, desperdiçando recursos que poderiam estar servindo para o desenvolvimento
de outros projetos e de outras atividades conforme a vontade da população.
Como se não
bastassem o desgaste na relação Governo e Assembleia Legislativa, agora está se
aprofundando o desgaste entre a Assembléia e o Ministério Público. As acusações
de um e outro lado têm levado ao entrincheiramento dos artilheiros de um e de
outro órgão, na defesa de suas salas secretas.
A dúvida paira
rapidamente – qual a defesa real que está sendo praticada?
Ainda não dá
para definir isso porque os próprios “generais” escalados para tratar dos
declarados vícios decorrentes da verba indenizatória e das diárias – do lado do
MP -, como aqueles para combater os vícios dos auxílios (doença e moradia) – do
lado da Assembléia Legislativa.
Enquanto isso a
relação entre os gestores dos dois órgãos, principalmente de respeito, desce na
escala de referência, atingindo índices muito baixos e fora daquilo que as
regras, inclusive constitucionais, pregam.
A maior vontade
da população tem é de ver todos os órgãos – Governo do Estado, Assembléia
Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público e, se
possível, o Defensoria Pública, trabalhando harmonicamente, gastando bem a
receita do Estado, valorizando cada centavo para que os investimentos possam
aparecer, as atividades desenvolvidas com zelo e as compras feitas obedecendo a
livre concorrência e o que manda as constituições federais e estaduais.
As brigas
chateiam e irritam!
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