Mais uma semana
que passou sem levar a intransigência daqueles que não estão comprometidos com
o desenvolvimento do Estado e preferem deixar que o tempo construa a escada
para a ignorância ou para a dependência permanente dos que serão empurrados
para a pobreza miserável, pela falta de condições de integrar a parte que já
lhe está reservada há bastante tempo, mas que se afasta cada vez mais devido a
teimosia de pessoas que ainda não conseguiram resolver, com respeito à população,
a questão da educação no Amapá.
É uma discussão
sem fim que já não se sabe onde está o pé nem onde está a cabeça, tal a mistura
de propósitos construída ou pela insistência dos dirigentes sindicais ou pela
intransigência dos negociadores do governo do estado.
A situação está
insustentável, desrespeitosa e mal conduzida, tanto pelo lado do sindicato dos
professores como pelo lado do Governo.
Não é possível
que a educação no Estado do Amapá seja tratada nos limites do salário que o
governo pode pagar e o que o professor gostaria de receber. Como também não se
admite que a educação dos alunos matriculados nas escolas estaduais, possa
ficar do jeito que está, sem alcançar os elementares objetivos que constam de
qualquer proposta programática para o ano de 2012.
É bom lembrar
que em 2011 o resultado escolar dos alunos matriculados na rede estadual de
ensino foi muito prejudicado e nem mesmo o anunciado prolongamento do período
para que fosse cumprido o calendário escolar, foi executado em conformidade com
as necessidades dos alunos.
Fazer uma
reflexão baseado no que aconteceu no ano passado pode apontar como poderiam ser
medidos os prejuízos que os alunos tiveram e se fosse possível assim proceder,
certamente que deixaria assustado tantos os professores como os gestores do
processo escolar.
Nada justifica a
condição a que foi levada o relação entre os empregados (os professores) e os
patrões (os gestores do Governo do Estado). Ficar batendo boca ou batendo lata
não modifica em nada. O que pode modificar a qualidade da discussão é a
disposição para ouvir, tanto de um lado como de outro.
Parece que
nenhum dos dirigentes dos dois lados está preocupado com a educação, estão ao
que parece preocupados com a sua própria condição ocasional – um como
governador do Estado e outro como presidente do Sindicato.
Está instalado o
impasse e nenhum dos lados dá sinal de que está disposto a recuar para discutir
o assunto, colocando em primeiro lugar a educação, afinal o motivo central do
Governo e do Sindicato.
Os alunos, em pleno
mês de maio, estão em casa, os professores, na sua maioria, também. Os alunos
lamentando não poder estar aproveitar o tempo que têm.
Um caso demais
sério para não ser considerado por quem tenha um mínimo de discernimento e que,
de verdade, pretenda dar a importância que tem a educação dessas crianças e
desses adolescentes que estão querendo apenas estudar.
Os governantes e
os professores dão a impressão que perderam a noção da responsabilidade que têm
com as crianças e com a juventude; deixam de lado os objetivos que traçaram
para ensinar e até a forma de recompensar os professores saem de foco, com a
desculpa de que o Estado não tem dinheiro e que por isso não dá para pagar os
professores.
Se o governo
pagar e fiscalizar, o custo direto, em real, será muito menor. Agora não pode o
próprio Governo querer que cabos eleitorais deste ou daquele partido político,
como recompensa por terem organizado as reuniões em 2010 e com a incumbência de
organizarem as reuniões para candidatos a vereador em 2012, assumam direção de
escola ou outra qualquer função na secretaria para fazer daquela unidade local
de palanque político para ações e campanha.
Se os
professores têm mesmo o direito que estão alegando ter, que convençam os
patrões e corram para as salas de aula deixando a rua da frente do palácio do
governo livre para cumprir com a sua função urbana.
Chega de
deseducar.
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