Independentemente
de quem tenha ou não razão no episódio de desentendimento entre professores e o
secretário de educação e entre o sindicato e o governo, a ausência dos
professores das salas de aula já estão apresentando problemas extras que terão
dificuldades para serem resolvidos.
Primeiro é o
caso dos 200 dias letivos. Uma imposição legal e que, comprovadamente, é o
limite mínimo para que se alcancem os resultados para se poder fazer as
exigências de aprendizado e de comportamento educacional dos alunos que, desde
o inicio do ano estão esperando que o Governo cumpra a sua parte
oferecendo-lhes condições para que tenham os seus direitos garantidos.
E os direito
garantidos para os alunos são professores preparados e motivados e condições
escolares adequadas e favoráveis o processo de ensino-aprendizagem.
Por enquanto o
que se ouve são frases feitas, como se tivesse negociando peixe em um grande
mercado e que, daqui a pouco, quando na iminência de apodrecer, os donos dos
peixes baixariam o preço e os venderiam antes que o produto estivesse
completamente perdido.
Ora, se está
trabalhando com educação de jovens que querem interpretar o que está
acontecendo e o que se observa são intransigências daqueles que deveriam entrar
propondo conciliação, pelo menos em respeito ao objeto fim de tudo – a educação
daqueles mais carentes, como também, daqueles que acreditaram que o Estado
poderia lhe proporcionar a educação formal, em âmbito e tempo adequados.
Nesse momento a
comparação entre os alunos do sistema privado de educação e os alunos do
sistema público de educação está extremamente prejudicada e empurrando aqueles
que acreditam que o sistema público pode cumprir o seu papel, para o rumo do
sistema privado, na maioria das vezes sem poder adimplir as prestações, caras
demais, mas com o projeto de sacrificar seus planos familiares particulares, em
nome de um futuro, que bem poderia ser atendido pela escola pública.
Todos sabem que
o futuro dos jovens depende do aprendizado que adquirirem na fase própria da
vida de cada um.
Os pais dos
alunos das escolas públicas, que colocaram os seus filhos nestas escolas
públicas e que estão cursando o último ano do ensino médio, sabem que seus
filhos estão muito prejudicados e que a concorrência que enfrentarão no
vestibular deste ano, ganha dimensões que ficam além das expectativas de
superação desses alunos.
Que maldade!
Que falta de
sensibilidade!
O secretário de
educação poderia, perfeitamente, já ter encaminhado uma discussão para que os
prejuízos, principalmente para os alunos que vão fazer o vestibular deste ano,
tivesse um plano emergência e que, certamente, poderia ser um fator que poderia
ficar fora da pendências apresentadas pelo sindicato e pelo governo.
Respeitar esses
jovens seria o mínimo que o painel de insensatez do empregado e do empregador
poderia apresentar.
Basta lembrar
que para esses alunos alongar o período escolar não atende os seus interesses.
Não completam o seu aprendizado.
Eles têm pressa!
O vestibular não
espera. E eles precisam além do diploma, do conhecimento mínimo para enfrentar
as provas do concurso.
O secretário de
educação precisa pensar nisso. O presidente do sindicato também precisa pensar
nisso. Eles, os alunos, não podem ser as suas vítimas inocentes.
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