A situação
estrutural urbana por qual passa Macapá é o resulta da falta de zelo que foi
permitida durante as últimas duas décadas, quando o crescimento populacional
não recebeu qualquer tratamento ou referência nos planos de desenvolvimento do
Estado.
O ponto mais
difícil aconteceu durante o segundo mandato do prefeito João Henrique, desde
quando a cidade e o seu crescimento foram largados, sem controle, por conta da
natureza e das necessidades mais graves de moradia, escola e vias urbanas.
Eleito com a
proposta de apoio do Governo do Estado, a atual administração macapaense
recebia uma cidade completamente fora dos parâmetros técnicos, dos controles
fiscais e com o poder de polícia do Município completamente desgastado.
Ainda em 2009,
durante o primeiro ano do mandato da atual prefeito, o apoio prometido foi
desenhado e, muito embora não executado conforme prometido, ainda foi
responsável por ataques aos pontos mais críticos, com a construção e reconstrução
de vias, desobstrução de calçadas e melhoramentos nos serviços de limpeza,
entre outros.
Um momento que
não foi bem conduzido e também não teve a capacidade de vislumbrar a
possibilidade de voltar aos registros das lutas de ribalta, entre a Administração
Estadual e a Administração Municipal.
Depois da posse
da nova Administração Estadual aconteceu o que todos sabiam o que iria
acontecer, mas que não foi levado em conta, como deveria ser, pela
Administração do Município de Macapá que poderia ter feito a escolha das
prioridades municipais e não o fez.
Ao contrário de
definir as prioridades, a Prefeitura de Macapá abriu as portas para receber os
que vinham com o peso das derrotas nas urnas e não só do PDT, partido do
prefeito, mas de outros partidos aliados, como se estivesse “armando” o
Município para uma luta absolutamente desigual.
Quando o
prefeito descobriu que a prefeitura não é “salva vidas” de derrotados, já não
tinha mais jeito. Alojou dentro da administração aqueles que tinham errado nas
estratégias das eleições de 2010 e que, além de constituir uma barreira entre a
Prefeitura de Macapá e o Governo do Estado, ainda passaram a consumir os
recursos limitados do Município, com aumento considerável no custeio de
pessoal.
O resultado,
apesar de todo o esforço e a competência utilizada, poderia ser calculado –
serviria para retaguarda, mas não serviria de vanguarda.
E qualquer
município brasileiro só vive bem quando vive na vanguarda, antecipando-se aos
problemas, sendo criativo nos seus planos e seguindo uma regra de eficiência
máxima.
Todas as
tentativas de convencer o Governo o Estado feitas pela Prefeitura de Macapá
foram em vão.
Lembram-se do
Shopping Popular, do Restaurante Popular, dos quilômetros de asfalto, das
alegações de que a capital do Estado é Macapá, que na Capital mora mais da
metade da população do Estado? Lembram?
Nada disso
convenceu, pois essas alegações eram interpretadas pelo Governo como uma
tentativa de aproximação política ou de reestruturação dos partidos que
perderam as eleições em 2010.
Sem planos
aprovados, ficou fácil negar os pedidos ou “empurrar com a barriga” os
desesperados apelos do prefeito.
Nenhuma proposta
foi aceita.
Desculpem,
esqueci de uma.
O convite para
visita, em gabinete, do Governador do Estado ao Prefeito de Macapá – este foi
aceito e executado.
Mas só!
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