sexta-feira, 4 de maio de 2012

LUTAS DE RIBALTA


Rodolfo Juarez

A situação estrutural urbana por qual passa Macapá é o resulta da falta de zelo que foi permitida durante as últimas duas décadas, quando o crescimento populacional não recebeu qualquer tratamento ou referência nos planos de desenvolvimento do Estado.

O ponto mais difícil aconteceu durante o segundo mandato do prefeito João Henrique, desde quando a cidade e o seu crescimento foram largados, sem controle, por conta da natureza e das necessidades mais graves de moradia, escola e vias urbanas.

Eleito com a proposta de apoio do Governo do Estado, a atual administração macapaense recebia uma cidade completamente fora dos parâmetros técnicos, dos controles fiscais e com o poder de polícia do Município completamente desgastado.

Ainda em 2009, durante o primeiro ano do mandato da atual prefeito, o apoio prometido foi desenhado e, muito embora não executado conforme prometido, ainda foi responsável por ataques aos pontos mais críticos, com a construção e reconstrução de vias, desobstrução de calçadas e melhoramentos nos serviços de limpeza, entre outros.

Um momento que não foi bem conduzido e também não teve a capacidade de vislumbrar a possibilidade de voltar aos registros das lutas de ribalta, entre a Administração Estadual e a Administração Municipal.

Depois da posse da nova Administração Estadual aconteceu o que todos sabiam o que iria acontecer, mas que não foi levado em conta, como deveria ser, pela Administração do Município de Macapá que poderia ter feito a escolha das prioridades municipais e não o fez.

Ao contrário de definir as prioridades, a Prefeitura de Macapá abriu as portas para receber os que vinham com o peso das derrotas nas urnas e não só do PDT, partido do prefeito, mas de outros partidos aliados, como se estivesse “armando” o Município para uma luta absolutamente desigual.

Quando o prefeito descobriu que a prefeitura não é “salva vidas” de derrotados, já não tinha mais jeito. Alojou dentro da administração aqueles que tinham errado nas estratégias das eleições de 2010 e que, além de constituir uma barreira entre a Prefeitura de Macapá e o Governo do Estado, ainda passaram a consumir os recursos limitados do Município, com aumento considerável no custeio de pessoal.

O resultado, apesar de todo o esforço e a competência utilizada, poderia ser calculado – serviria para retaguarda, mas não serviria de vanguarda.

E qualquer município brasileiro só vive bem quando vive na vanguarda, antecipando-se aos problemas, sendo criativo nos seus planos e seguindo uma regra de eficiência máxima.

Todas as tentativas de convencer o Governo o Estado feitas pela Prefeitura de Macapá foram em vão.

Lembram-se do Shopping Popular, do Restaurante Popular, dos quilômetros de asfalto, das alegações de que a capital do Estado é Macapá, que na Capital mora mais da metade da população do Estado? Lembram?

Nada disso convenceu, pois essas alegações eram interpretadas pelo Governo como uma tentativa de aproximação política ou de reestruturação dos partidos que perderam as eleições em 2010.

Sem planos aprovados, ficou fácil negar os pedidos ou “empurrar com a barriga” os desesperados apelos do prefeito.

Nenhuma proposta foi aceita.

Desculpem, esqueci de uma.

O convite para visita, em gabinete, do Governador do Estado ao Prefeito de Macapá – este foi aceito e executado.

Mas só!

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