Já está muito
claro que o Estado e os Municípios não estão conseguindo planejar o ataque que
têm fazer aos problemas do sistema viário urbano e ao sistema rodoviário
estadual. Um problema que aumenta de tamanho como o passar dos meses e que, a
cada dia, fica mais difícil e caro para ser atacado.
Mesmo assim, não
há outro jeito de resolver a questão se não for por ações que corrijam o que
está prejudicando o desempenho dos prefeitos, do governador e de suas
respectivas equipes técnicas.
Não dá mais pra
trabalhar sem não for de forma planejada ou para atender aos pedidos pontuais
ou mesmo que sejam dirigidos à atividades isoladas como, por exemplo, as rotas
dos ônibus urbanos ou interurbano.
Os problemas se
amontoaram e controlá-los está muito difícil.
Esse diagnóstico
exige providências urgentes, integradas e com coordenação específica que possa
atender a uma proposta aprovada pelo Estado e pelos Municípios com a
participação de todos os organismos que possam contribuir para que o problema
seja resolvido.
O indicador
disso tudo é o que está acontecendo na Cândido Mendes, a rua por onde todos os
veículos passam e que, a cada dia, tem a sua capa asfálticas mostrando a fadiga
do material e avisando que, a partir do ponto que está, que já não recebe mais
reparos corretivos, a não ser para evidenciar a própria necessidades da
realização de um serviço que possa garantir qualidade no seu uso.
E o asfalto não
é e nem nunca foi luxo. É antes de qualquer coisa, segurança para todos os que
precisam estar na via – condutores de veículos motorizados ou não e pedestres.
As pesquisas
mostram que uma via bem sinalizada e bem iluminada reduz em até 69% o número de
acidentes em suas pistas de rolamentos, acostamentos, estacionamentos e calçadas.
Certamente que a
falta de recurso será alegada pelos gestores das cidades e do Estado, mas
enquanto não for estabelecida uma política adequada ao setor de construção e
recuperação de vias e rodovias, não haverá recursos disponíveis.
Até as
autoridades, que demonstram vontade de enfrentar o problema, também se mostram
inibidas na hora de definir a inserção das despesas que decorreriam do ataque a
esse problema nos seus respectivos planos de governo. Nunca são prioridades, a
não ser quando se trata de planos para apresentar à Justiça Eleitoral para as
campanhas políticas onde são, inclusive, destacados a quilometragem que será
construída por ano.
Tanto o Estado
como os Municípios estão com seus equipamentos sem condições de uso contínuo,
alguns sucateados e outros precisando de manutenção corretiva, além do que
formam uma frota insuficiente, tendo que ser complementada se valendo de
locação de equipamentos ou veículos de apoio.
Já não está
fazendo diferença o tempo, chuvoso ou não, para a execução de serviços no
sistema viário e rodoviário. Há dificuldades de toda ordem: frota pequena,
profissionais desmotivados, recursos escassos e falta de definição de programas
para que os projetos sejam elaborados e tenham a cobertura nos respectivos
orçamentos.
Com isso a
qualidade dos núcleos urbanos, das cidades e das rodovias está caindo demais,
elevando o custo Amapá para limites impensáveis, através dos gastos extras que
as famílias têm que assumir para manter as suas rotinas, com deslocamento
diário, nos veículos que costumeiramente usam para o vai e vem de cada dia.
Conhecer a
realidade dos sistemas viários das cidades e núcleos urbanos amapaenses e,
também, das rodovias estaduais e municipais é inadiável. Definir a estratégia
com a qual vai resolver os problemas é uma necessidade.
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