terça-feira, 15 de maio de 2012

RODOVIAS E VIAS URBANAS

Rodolfo Juarez

Já está muito claro que o Estado e os Municípios não estão conseguindo planejar o ataque que têm fazer aos problemas do sistema viário urbano e ao sistema rodoviário estadual. Um problema que aumenta de tamanho como o passar dos meses e que, a cada dia, fica mais difícil e caro para ser atacado.

Mesmo assim, não há outro jeito de resolver a questão se não for por ações que corrijam o que está prejudicando o desempenho dos prefeitos, do governador e de suas respectivas equipes técnicas.

Não dá mais pra trabalhar sem não for de forma planejada ou para atender aos pedidos pontuais ou mesmo que sejam dirigidos à atividades isoladas como, por exemplo, as rotas dos ônibus urbanos ou interurbano.

Os problemas se amontoaram e controlá-los está muito difícil.

Esse diagnóstico exige providências urgentes, integradas e com coordenação específica que possa atender a uma proposta aprovada pelo Estado e pelos Municípios com a participação de todos os organismos que possam contribuir para que o problema seja resolvido.

O indicador disso tudo é o que está acontecendo na Cândido Mendes, a rua por onde todos os veículos passam e que, a cada dia, tem a sua capa asfálticas mostrando a fadiga do material e avisando que, a partir do ponto que está, que já não recebe mais reparos corretivos, a não ser para evidenciar a própria necessidades da realização de um serviço que possa garantir qualidade no seu uso.

E o asfalto não é e nem nunca foi luxo. É antes de qualquer coisa, segurança para todos os que precisam estar na via – condutores de veículos motorizados ou não e pedestres.

As pesquisas mostram que uma via bem sinalizada e bem iluminada reduz em até 69% o número de acidentes em suas pistas de rolamentos, acostamentos, estacionamentos e calçadas.

Certamente que a falta de recurso será alegada pelos gestores das cidades e do Estado, mas enquanto não for estabelecida uma política adequada ao setor de construção e recuperação de vias e rodovias, não haverá recursos disponíveis.

Até as autoridades, que demonstram vontade de enfrentar o problema, também se mostram inibidas na hora de definir a inserção das despesas que decorreriam do ataque a esse problema nos seus respectivos planos de governo. Nunca são prioridades, a não ser quando se trata de planos para apresentar à Justiça Eleitoral para as campanhas políticas onde são, inclusive, destacados a quilometragem que será construída por ano.

Tanto o Estado como os Municípios estão com seus equipamentos sem condições de uso contínuo, alguns sucateados e outros precisando de manutenção corretiva, além do que formam uma frota insuficiente, tendo que ser complementada se valendo de locação de equipamentos ou veículos de apoio.

Já não está fazendo diferença o tempo, chuvoso ou não, para a execução de serviços no sistema viário e rodoviário. Há dificuldades de toda ordem: frota pequena, profissionais desmotivados, recursos escassos e falta de definição de programas para que os projetos sejam elaborados e tenham a cobertura nos respectivos orçamentos.

Com isso a qualidade dos núcleos urbanos, das cidades e das rodovias está caindo demais, elevando o custo Amapá para limites impensáveis, através dos gastos extras que as famílias têm que assumir para manter as suas rotinas, com deslocamento diário, nos veículos que costumeiramente usam para o vai e vem de cada dia.

Conhecer a realidade dos sistemas viários das cidades e núcleos urbanos amapaenses e, também, das rodovias estaduais e municipais é inadiável. Definir a estratégia com a qual vai resolver os problemas é uma necessidade.

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