Já está passando da hora de o Governador do
Estado e o presidente do Sindicato dos Professores darem destaque às suas
responsabilidades e chegarem a um ponto comum que devolva cada um às atividades
para as quais são contratados e pagos pelos impostos dos contribuintes.
Já perderam
muito tempo os agentes públicos eventuais e os professores da rede estadual, em
uma discussão sem fim e que demonstra a falta de capacidade de convencerem-se,
uns aos outros, sobre um tema tão importante - a educação no Estado do Amapá.
Afinal de contas
se trata de um assunto recorrente e de questões que poderiam ter sido
encaminhadas durante todo o segundo semestre do ano passado, mas, ao que
parece, continuam as pessoas responsáveis por essa discussão debatendo-se e
desgastando-se inutilmente na espera que o tempo passe e deixe tudo resolvido.
Não é possível
que as discussões entre os representantes do governo do estado e os
representantes de seus funcionários que atuam na rede estadual de educação não
tenham a capacidade de compreender as explicações de um e de outro, e
convergirem para resolver o que precisa ser resolvido.
Até agora o que
se contabiliza na relação entre o Governo, através do secretário de educação, e
o Sindicato, através do presidente da categoria, é uma sucessão de erros que
vão desde a insensibilidade no trato dos negócios públicos à exasperação das
autoridades que um e outro têm.
Não se percebe
nenhum compromisso efetivo com a Educação Estadual, que tem ficado, claramente,
para depois dos compromissos orçamentários, financeiros, salariais, políticos e
supremacia pessoal.
Com esse
enfoque, os pontos de conciliação continuam distantes e fora da rota que os
dois grupos litigantes escolheram para seguirem, mas que, precisam
urgentemente, encontrar para não deixar que tudo seja perdido durante este ano
e nada seja organizado para que tudo não se repita no ano que vem.
Colocar a
educação em primeiro lugar ou em lugar de prioridade para qualquer governo é
uma questão de inteligência, desde que não queira a gestão do setor para ser
instrumento de troca com apaninguados ou cabos eleitorais.
Imaginar que a
pressão sobre uma categoria tão importante e tão enganada ao longo dos últimos
anos é uma estratégia com chance de sucesso é um erro primário e que revela a
falta de conhecimento ou de experiência na maneira de lidar com pessoas que
estão preparadas para começar a recuperar as suas próprias condições de
mensageiro da nova sociedade.
Os pais de
alunos e os alunos por mais pacientes que venham a ser, daqui a pouco vão ter
que dar conhecimento de suas posições se valendo condições que precisam deixar
claro para toda a população os prejuízos que estão tomando de forma direta e
que os Estado vai ter que suportar e recuperar em curto prazo.
Não há mais como
justificar a greve.
Os resultados da
paralisação se constituem em um desastre para a sociedade, um erro para
administração e uma desconfiança com relação à compreensão dos professores.
A possibilidade
dos dois grupos de negociadores terem razão é quase nula, portanto, reconhecer
os erros, nesse momento, é o passo mais importante para todos.
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