quinta-feira, 3 de maio de 2012

É DIFICIL RECONHECER OS ERROS


Rodolfo Juarez

 Já está passando da hora de o Governador do Estado e o presidente do Sindicato dos Professores darem destaque às suas responsabilidades e chegarem a um ponto comum que devolva cada um às atividades para as quais são contratados e pagos pelos impostos dos contribuintes.

Já perderam muito tempo os agentes públicos eventuais e os professores da rede estadual, em uma discussão sem fim e que demonstra a falta de capacidade de convencerem-se, uns aos outros, sobre um tema tão importante - a educação no Estado do Amapá.

Afinal de contas se trata de um assunto recorrente e de questões que poderiam ter sido encaminhadas durante todo o segundo semestre do ano passado, mas, ao que parece, continuam as pessoas responsáveis por essa discussão debatendo-se e desgastando-se inutilmente na espera que o tempo passe e deixe tudo resolvido.

Não é possível que as discussões entre os representantes do governo do estado e os representantes de seus funcionários que atuam na rede estadual de educação não tenham a capacidade de compreender as explicações de um e de outro, e convergirem para resolver o que precisa ser resolvido.

Até agora o que se contabiliza na relação entre o Governo, através do secretário de educação, e o Sindicato, através do presidente da categoria, é uma sucessão de erros que vão desde a insensibilidade no trato dos negócios públicos à exasperação das autoridades que um e outro têm.

Não se percebe nenhum compromisso efetivo com a Educação Estadual, que tem ficado, claramente, para depois dos compromissos orçamentários, financeiros, salariais, políticos e supremacia pessoal.

Com esse enfoque, os pontos de conciliação continuam distantes e fora da rota que os dois grupos litigantes escolheram para seguirem, mas que, precisam urgentemente, encontrar para não deixar que tudo seja perdido durante este ano e nada seja organizado para que tudo não se repita no ano que vem.

Colocar a educação em primeiro lugar ou em lugar de prioridade para qualquer governo é uma questão de inteligência, desde que não queira a gestão do setor para ser instrumento de troca com apaninguados ou cabos eleitorais.

Imaginar que a pressão sobre uma categoria tão importante e tão enganada ao longo dos últimos anos é uma estratégia com chance de sucesso é um erro primário e que revela a falta de conhecimento ou de experiência na maneira de lidar com pessoas que estão preparadas para começar a recuperar as suas próprias condições de mensageiro da nova sociedade.

Os pais de alunos e os alunos por mais pacientes que venham a ser, daqui a pouco vão ter que dar conhecimento de suas posições se valendo condições que precisam deixar claro para toda a população os prejuízos que estão tomando de forma direta e que os Estado vai ter que suportar e recuperar em curto prazo.

Não há mais como justificar a greve.

Os resultados da paralisação se constituem em um desastre para a sociedade, um erro para administração e uma desconfiança com relação à compreensão dos professores.

A possibilidade dos dois grupos de negociadores terem razão é quase nula, portanto, reconhecer os erros, nesse momento, é o passo mais importante para todos.


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