quinta-feira, 7 de junho de 2012

CENÁRIO

Rodolfo Juarez
Os desgastes que os agentes públicos, principalmente aqueles responsáveis pela governança do Estado e dos Municípios, estão acelerado demais.
Os pequenos problemas estão ganhando volume acima de qualquer expectativa e as consequências abatem os gestores pelo sentimento de injustiça que acabam assimilando.
Era preciso que houvesse mais cuidado, maior precaução e preparo específico dos auxiliares diretos do governador do Estado ou de qualquer um dos prefeitos municipais para que o desgaste fosse absorvido ou digerido na mesma velocidade do ataque.
Mas não!
Está havendo, ao que parece, interesses que esses gestores se desgastem abraçados, mesmo que de costas, como se isso interessasse a alguém, mesmo que fosse aquele que estivesse com a responsabilidade de evitar os prejuízos.
Na “platéia” a população se divide em blocos: os que apóiam e defendem, os que apóiam, mas não defendem, os que atacam por atacar, os que atacam e escondem a mão e aqueles que já desistiram e estão esperando o tempo passar e ver quem tem sobrevida.
Vale lembrar aqui que nem todo interesse da população se concentra nos interesses políticos eleitorais daqueles que estão, por permissão do eleitor, nos pontos de comando do Estado. Eles estão ali, com tempo determinado e para se valer de suas forças máximas e alcançar os resultados que consideram indispensáveis e essenciais para a população.
Por enquanto até mesmo os auxiliares de áreas eminentemente técnicas se confundem com os comandos políticos, aqueles mesmos organizados para o desenvolvimento das campanhas que obtiveram sucesso e levaram os seus respectivos candidatos aos cargos que disputaram nas eleições.
Esse parece, no momento, o principal erro.
Não sobra tempo tanto para aqueles que priorizarem a administração; como para aqueles que priorizarem a campanha política.
O papel do comando, principalmente nos próximos 120 dias, é fundamental para o alinhamento das competências e a obtenção do resultado que pode representar o sucesso ou o insucesso depois do dia 7 de outubro, dia da votação para escolha dos 16 prefeitos e seus respectivos vices e os 176 vereadores e seus respectivos suplentes.
Enquanto as greves persistem, o desgaste aumenta, a desconfiança impera e os resultados mínguam, deixando os gestores aborrecidos com o que queriam fazer e não puderam e tendo que se acalmar com as desculpas dos auxiliares que acabam não assumindo os erros cometidos e estão prontos para dividir repartir o insucesso com quem não teve qualquer participação no resultado.
Nesse momento se vê apenas os dirigentes partidários falarem em sucesso, em vitória, em ganhar as eleições, mas fazendo cálculos em cima de resultados, muitos vindos da administração pública diretamente e outros do desempenho do administrador.
É ai que a questão embola.
Os administradores estão sempre procurando desvencilhar-se dos problemas que enfrentam e a administração não tem gordura suficiente para queimar e tornar a população compromissada, mesmo que emocionalmente, com um projeto que não conhece e com uma proposta que não está dando certo.
O cenário atual, seja o político ou o administrativo não é favorável aos que pleiteiam os cargos oferecidos nas eleições de 2012 ou o salto para as eleições de 2014.


Nenhum comentário:

Postar um comentário