sábado, 2 de junho de 2012

PARABÉNS!

Rodolfo Juarez
Estou convencido que os momentos de alegria são construídos parte por parte e quanto menor for a parte, mas detalhes nelas são colocadas e mais estruturado fica o momento especial, o momento da alegria.
Mas a alegria tem a ver com prazer, satisfação, acontecimento, exultação, jovialidade, júbilo, ledice, regozijo, aleluia, entrega e confiança nos que estão próximos, nas iniciativas que toma e no que faz.
Percebe-se que essas qualidades são verdadeiros predicados daquelas pessoas que se sentem completada e que garantem cooperação e repartição de esforços e entrega em todas as iniciativas que toma.
Esse ambiente só pode ser concebido com naturalidade. Não há como ser produto de atividades obrigatórias ou de ações elaboradas sem que se tenha capacidade de ver o que se terá ao final, principalmente quando se pretende um final que tenha a marca da alegria e da responsabilidade.
As pessoas que conseguem chegar a esse estágio estão confiantes, sabem o que querem e já têm a certeza que não vão falhar. Pelo menos é o que se percebia todas as vezes que procurava entender a dedicação e a forma como estava planejado o momento da alegria e os passos que estavam sendo tomado para a sua construção.
Olhos brilhantes, claros e transmitindo expectativa e convidando todos para repartir a alegria que iria acontecer daqui a pouco, no simples encontro, na festa de aniversário, na platéia de um show, em uma visita a um museu, a um ponto turístico, em um almoço com os descendentes ou ascendentes diretos ou indiretos.
Tudo com todos os detalhes!
Não precisava perguntar nada, as situações e coisas quando não se auto- explicavam estavam tão evidentes que as dúvidas, se é que existiam, perdiam a importância quando suscitadas por aqueles menos avisados ou pelos mais curiosos.
Para a recepção, o encontro, o show ou o simples almoço ou lanche estavam reservados os momentos de alegria. Garanto que era difícil encontrar a tristeza quando se estava sob o comando e a orientação dela.
Filhos, irmãos, pai, tios, tias, sobrinhos, amigos, colegas, auxiliares e eu ficávamos atraídos pelo magnetismo que sempre transmitiu e pela segurança que passava a cada um.
Mesmo considerando-se frágil posso garantir que era uma verdadeira fortaleza. Sempre contou com um leque de iniciativas e todas independente das dificuldades, tidas como factíveis, senão pelos que duvidavam, mas por ela mesma, que conseguia provar a sua capacidade de entender e fazer o momento.
Companheira de estar ao lado a qualquer hora e em qualquer situação, sempre priorizando a família e deixando as questões individuais para serem analisadas em momentos próprios, mas sempre de acordo com os fatores que poderiam trazer tranquilidade para todos.
Mãe exemplar, irmã, tia, sobrinha, filha, prima e amiga como poucas.
Deus lhe permitiu pouco tempo de avó, mas, mesmo nesse pouco tempo, aplicou-se de maneira diferente, construindo uma relação não só nova, mas absolutamente diferente, onde, mais uma vez, o amor e a dedicação foram colocados no centro de tudo.
Hoje, dia 2 de junho, a Josi estaria completando 53 anos, mas ela foi chamada antes, há seis anos, pode ter ido para preparar o grande encontro, com outros momentos de alegria, tendo o amor como referência, o companheirismo como modelo e o respeito como indispensável à construção daqueles momentos que sempre teve prazer em oportunizar a todos que considerava e amava.
Saudades dela e dos momentos que ela construía.

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