A prática para
os agentes públicos, principalmente aqueles funcionários públicos do alto
escalão, fica muito distante da teoria e quando os agentes teóricos se
aproximam, dá a impressão que os agentes encarregados da prática de afastam ou
são afastadas pelas circunstâncias sempre estranhas ou com fortes sintomas de
doenças desconhecidas.
Agora mesmo o
Estado do Amapá faz-se representar nas reuniões populares; através de agentes
públicos, entre eles o próprio governador; agentes políticos, entre eles
pré-candidatos nas eleições municipais; agentes sociais, entre eles
representantes de etnias e categorias, em busca de oferecer a contribuição do
Amapá para os princípios idealizados para a Conferência Rio + 20.
O Estado do
Amapá, como um estado importante da Amazônia, não pode ficar alheio às
discussões, até mesmo para ganhar massa crítica e conteúdo para, a partir
daqui, onde está o centro dos interesses do Estado, organizar para que questões
que são rejeitadas pelos países desenvolvidos não sejam rejeitadas pelo Amapá,
um estado em desenvolvimento.
Por aqui as
regras ambientais primárias encontram dificuldades para serem feitas válidas e
porque não há definição clara da parte dos governos locais, do Estado e dos
Municípios, de ações que possa dar proteção ao meio ambiente.
O sistema de
coleta de esgoto sanitário na pratica inexiste. Mesmo assim somos ufanistas
quando anunciamos que o Amapá tem a preservação, quando medida em percentual, a
mais alta do Brasil e, certamente, do mundo.
Isso quer dizer
que os nativos, principalmente os caboclos, fizeram e fazem muito melhor o
dever de casa, mesmo com poucas informações sobre as questões ambientais;
enquanto isso os governos, estadual e municipais, se atrapalham para organizar
a coleta de esgoto, mas, nem por isso, deixam de ir aos palcos onde se discute
o futuro ambiental do mundo, anunciar os números que interessam.
Não se fala nada
da coleta, transporte e tratamento do esgoto sanitário, responsável pelas
agressões ambientais e pela queda da qualidade de vida da população que não
reconhece qualquer iniciativa que a proteja nem em médio prazo.
O lixo urbano
não recebe os cuidados que precisam receber, entretanto, nos conformamos,
através dos nossos gestores e representantes do setor ambiental a calar,
esquecendo da responsabilidade primária de todos.
É possível que a
Rio + 20 possa despertar essas autoridades e esses representantes, para a nossa
realidade e passarmos a valer-nos dessa contribuição que os pioneiros nos
deixaram e honrar-lhe as decisões, que mesmo empíricas, nos dão oportunidade
para falar em preservação.
Quando lembramos
que o lixo urbano em Macapá, a capital do Estado, tem menos da metade do lixo
doméstico produzido, pela população, coletado e que o transporte e o destino
final não são adequados, haveremos de sentir que a “luz vermelha ambiental do
Amapá” está acesa.
Fortalecimento
das unidades da gestão ambiental, como: secretaria estadual do meio ambiente,
secretarias municipais do meio ambiente, conselho estadual do meio ambiente,
conselhos municipais do meio ambiente, para que não vivam à míngua orçamentária
e sem um estudo continuado que isso possibilite.
Não é por falta
de legislação, pois, a Constituição do Estado do Amapá é uma das que dedica
maior atenção, em todo o Brasil, à capitulo do Meio Ambiente. Mas isso não
interessou, até agora, a qualquer gestor.
Está muito claro
para a comunidade que, para os gestores estaduais principalmente, a teoria, na
prática é outra.
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