Os esforços que
o sistema de segurança do Governo do Estado do Amapá tem feito com o objetivo
de garantir tranquilidade para a população todos reconhecem, mas também todos
são testemunhas que não estão dando os resultados esperados que constam das
propostas de planejamento.
Dá a impressão
que os problemas migram de um tipo para o outro.
Não faz muito
tempo que dava a impressão que se os acidentes de trânsito fossem contidos,
haveria uma grande queda no percentual de mortes violentas; que se fossem
tirados de circulação as armas de fogo, também os assassinatos seriam evitados
e, também os níveis de violência seriam empurrados para baixo.
As teses foram
postas em prática, se isoladas apresentaram os resultados calculados, mas
quando se analisa o todo, se observa que os totais não diminuíram, dando a
impressão que os números do total se movimentaram entre as parcelas.
Agora os
acidentes de trânsito, com vítima fatal, são contabilizados no item motocicleta;
os assassinatos têm o seu índice mantido tendo como arma as chamadas armas
brancas.
Nota-se por
outro lado, que os policiamentos preventivos ganharam mais força no conceito da
segurança pública do Amapá, com a utilização de todos os modos de combate a violência
por meios preventivos.
Se não deu
certo, não foi por falta de tentativas.
São apresentados
à sociedade estratégias para diversos tipos de policiamento a pé, de bicicleta,
de moto, de carro, específico, especial, entre outros. Algumas delas são resguardadas,
mas nunca abandonada completamente.
O que se
constata é que os níveis de morte violenta no Estado continuam altos, fora dos
aceitos pelos sistemas de avaliação internacional e acima das médias
registradas nas estatísticas nacionais.
Trata-se de um
nó que o sistema de segurança está encarregado de desatar.
Mas, ao que
parece, o problema não está apenas com a polícia. Muito do resultado ruim que
vem sendo obtido pode ser debitado à educação. Seja ela no trânsito, seja na
escola formal, seja na família e seja na falta de critério para liberação de
algumas festividades que são potenciais facilitadores das condições de morte
violenta.
Ninguém tem
dúvida de que não combina bebida e direção. Mas as forças repressivas e
preventivas ainda se limitam ao condutor de carro. Poucos são os flagrantes de
motos e até, de bicicletas, entretanto não são poucos as ocorrências com
resultado morte, em que estão envolvidos motociclistas e ciclistas.
Um dos itens com
significativa importância no balanço das mortes violentas no Estado do Amapá é
o relacionado com as mortes decorrentes de acidentes com motos. E para isso é
preciso reconhecer que há contribuições indiscutíveis e que são protegidas por
uma série de justificativas, mas tem relação direta com dois pontos: o primeiro,
a liberação do mototaxi em Macapá e o segundo, a facilidade para adquirir uma
moto, mesmo para quem não tem carteira.
Se há uma
proposta para defender a vida, esta precisa saber em que posição está colocada
no ranking, em concorrência com a importância do mototaxi e do comércio de
motos, a qualidade das vias públicas e as vias de acesso privado. Essa
combinação, se bem feita, a vida pode ser preservada.
Os frios números
são apenas um indicador, mas, certamente, um dos indicadores principais para
todos aqueles que se dedicam ao estudo dos motivos das mortes violentas no
Estado do Amapá.
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