Rodolfo
Juarez
Não gosto de me
referir a uma coisa que não conheço. Mesmo assim vou quebrar essa rotina e
falar da proposta que será mostrada hoje à comunidade administrativa do Estado
do Amapá – um programa de desenvolvimento.
E sabem por que?
Porque pior do
que ter um plano ruim é não ter qualquer plano.
Não adianta
imaginar que um Estado como o Amapá pode ser entregue a sua própria sorte ou à
sorte dos seus dirigentes. Na Administração Pública não há possibilidade de ser
contar apenas com a sorte, precisam ser estabelecidos critérios de execução e
de avaliação da execução. Chega a ser uma questão cultural.
O Estado do
Amapá se recente dessa cultura.
Entra governo e
sai governo e não há definição de políticas públicas adequadas, a não ser na
teoria de alguns “iluminados” que são escalados para falar em política pública
e, por isso, na primeira fala, às trata com se fossem uma questão particular,
individual ou de acesso restrito, esquecendo que para ser política pública,
precisa ser de interesses do povo.
O Estado do
Amapá há muito se recente de um plano de desenvolvimento.
Sabemos que,
para um Estado como o Amapá, que tem necessidade de desenvolver-se e para isso
tem potencial e capacidade, possivelmente os mandatários olham para o tamanho
do mandato e vêem logo que não possível realizar tudo o que precisar realizar
em apenas quatro anos.
Logo é tomado
pela vontade de ficar oito. E, para isso, faz qualquer negócio!
E ai, nem se
ficar 20 anos.
Aliás, que não
faz muito tempo todos por aqui, que estavam no poder e tinham ambição de nele
permanecer, anunciavam claramente, não um plano para o desenvolvimento do Amapá
em 20 anos, mas um plano de Poder para 20 anos.
Deu no que deu!
Mesmo assim, com
tantos exemplos ruins, as coisas que se referem ao poder e ao plano de
desenvolvimento, continuam adormecidas.
Aquele plano
referente ao poder, pode até ser rasgado e queimado para o bem de todos, mas
aquele que se refere ao desenvolvimento não pode ficar sem ser trabalhado e
finalizado.
Pode ser até por
isso, por esse tal plano de poder de 20 anos, que as coisas estão tendo muitas
dificuldades para avançar por aqui. Muitos dos que falavam nesse plano de poder
de 20 anos continuam por ai, certamente não falando claramente, mas esperando
uma oportunidade para ser recolocado como estratégia para desenvolvimento do
Estado.
Estou esperando
para conhecer o plano que o Governo do Estado vai apresentar hoje aos seus
principais funcionários e, também, às lideranças políticas que lhe oferecem
sustentação para coordenar a administração estadual.
O nome eu sei,
mas é só isso: chamas-se PROAMAPA.
Mas isso quer
dizer quase nada, pois não teria lógica ser chamado CONTRAMAPA.
Prometo que vou
me esforçar para conhecer o plano e também para analisar os seus programas e os
seus projetos e atividades. Afinal de contas foram necessários 17 meses do
atual Governo do Estado para que a população conhecesse um plano de
desenvolvimento para o Amapá e tomara que não seja apenas para ser transformado
em um slogan de divulgação governamental.
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