Até mesmo os
profissionais que estão pelo lado de dentro do Governo do Estado estão
preocupados com o fraco desempenho das unidades governamentais e com o tamanho
das dificuldades que estão encontrando para restaurar o que encontraram como
sistema administrativo.
Mesmo depois de
um ano e meio as muitas questões, continuam sem respostas e foram tantos os
erros cometidos que mesmo com boa vontade vai ser difícil para os órgãos de
fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas do Estado, evitarem chamar à
responsabilidade alguns profissionais que, ou por conivência ou por falta de
opção, tiveram que se responsabilizar por decisões que não estavam tecnicamente
corretas e que terão que explicar.
Enquanto isso os
ex-secretários estão por ai, gozando o produto dos seus feitos ou rindo
daqueles que lhes deram oportunidade de ficar, tanto tempo, enganando a muitos
estranhos e alguns conhecidos.
Os problemas que
são apontados como importantes - alguns deles detectado em operações policiais
-, também não são fáceis de serem resolvidos sem o sacrifício profissional de
algumas pessoas que, inocentemente ou irresponsavelmente, contribuíram para que
as questões sejam alvo de investigações detalhadas e agora.
O grave,
entretanto, é saber que algumas daquelas autoridades que teriam a
responsabilidade de fazer essa fiscalização, condicionavam outros procedimentos
à solução de problemas alheios aos interesses do Estado e de acordo com os
interesses individuais, não se importando com as pessoas que lhes davam apoio
técnico.
Houve, em função
disso, o desmantelamento da organização de apoio, quando as pessoas treinadas e
experientes que deveriam exercer as atividades complementares ou de
finalização, foram tiradas do circuito para que não compartilhassem das
informações contidas nos processos.
Agora, falar em
plano é exigir demais, alega um dos experientes técnicos que trabalha na
Secretaria de Transporte.
Sabe que a
situação é muito difícil e não descarta a possibilidade de uma intervenção no
processo, como uma alternativa para mudar o rumo das decisões, hoje
absolutamente concentrada com aqueles que teriam que fazer a atividade política
e administrativa do setor.
Mas não é só na
Secretaria de Estado dos Transportes que estão faltando diretrizes internas,
práticas, que devem ser desempenhadas pelos funcionários. O mesmo acontece na
Secretaria de Estado da Infraestrutura, que apesar do esforço que ali é feito,
se sente aquela unidade travada, movimentando-se como se um gigante paquiderme
fosse.
Essa situação
pode ser a principal responsável pelo falta de entendimento entre os
professores e o secretario de educação do Estado; entre os médicos e o
secretário de Estado da Saúde.
O governador
chegou a anunciar que a Fundação Getúlio Vargas estaria fazendo o levantamento
para a construção de uma proposta de estrutura para administração estadual. Não
resta dúvida que, além de ser necessária é urgente, para que se estabeleça nova
ordem na gestão estadual.
Jamais
entenderia que alguém quisesse, por decisão voluntária, desarranjar a estrutura
do Estado, criando fossos, em função dos quais se romperiam todos os pontos de
apoio da gestão e da administração.
A leveza de uma
administração é o fator preponderante para que sejam alcançados os princípios
gerais e constitucionais estabelecidos pelo legislador nacional, especialmente
na que se refere ao resultado, onde necessita predominar a eficiência dos
procedimentos e a eficácia dos feitos.
Do jeito que se
vê o movimento lento exige a paciência que ninguém tem e a irresponsabilidade
que nenhum técnico quer se comprometer.
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