quinta-feira, 21 de junho de 2012

ELEIÇÕES 2012: CONCHAVOS

Rodolfo Juarez
Os partidos políticos estão tomando as últimas providências administrativas para a realização das convenções partidárias, que tem prazo de encerramento para o dia 30 de junho conforme o Calendário Eleitoral das Eleições Municipais.
Com relação aos acertos políticos o período é de plena efervescência, com as lideranças ocupadas em discutir qual o melhor arranjo para que tenha sucesso nas eleições de 7 de outubro.
Para alguns pré-candidatos os resultados não têm sido satisfatório, considerando que têm as suas candidaturas inviabilizadas, eleitoralmente, conforme o cenário em que está definindo a sua posição. É nessa circunstância que o primeiro momento precisa ser muito bem conduzido, sob pena do partido não só perder o pré-candidato, mas de acender a possibilidade de vê-lo, em outro arranjo, em confronto com as idéias e com a disciplina partidária.
Mas há também aqueles pré-candidatos que são beneficiados com os arranjos. Nesse caso o que há são mudanças de estratégia devido o acréscimo na possibilidade de vencer o pleito.
Apenas o Município de Macapá, caso o candidato mais votado não alcance os 50% + 1 dos votos válidos, pode ter o segundo turno de votação, com os eleitores tendo que sufragar um dos nomes, dos dois mais votados, no dia 28 de outubro.
E como andam as divisões de força por aqui?
Essa é a pergunta que não deixa analistas, articulistas, especialista e, até curiosos, sem o sossego de estar tendo que fazer projeções e buscando dados das eleições pretéritas para tentar responder. Principalmente quando o “por aqui” é o Município de Macapá.
É claro que os candidatos oficiais acabaram tendo mais dificuldades para receber apoio, tanto de partidos como financeiro, devido aos desentendimentos entre os órgãos do Estado. Os embates entre o Governo e a Assembléia; entre a Assembléia e o Ministério Público, trarão efeitos, alguns devastadores, sobre os candidatos que se arriscarem ao apoio desses órgãos, principalmente da Assembleia Legislativa, certamente a maior concentração de poder político do Estado do Amapá.
Os deputados já perceberam que os seus discursos vão ser atropelados por avaliações, algumas que terão dificuldades de explicar.
Michel JK, do PSDB e Cristina Almeida, do PSB, terão que responder muitos questionamentos dos eleitores para avançar nos números, a não ser que deixe a condução da campanha ao comando da coligação ou do seu próprio partido. É uma desvantagem e tanto, porque, inquestionavelmente, terão as suas teses necessariamente com defesas que fiquem longe do cargo decorrente do mandato de deputado.
A política é assim mesmo.
Não eleição passada nada menos de que 4 candidatos exerciam ou tiveram exercido a função de deputado estadual. Foi de lá que vieram Roberto Góes e Camilo Capiberibe para as disputas do segundo turno das eleições de 2008.
Além dos desgastes decorrentes dos desentendimentos com outros órgãos do Estado, os deputados estaduais não conseguiram emplacar uma linha política capaz de atrair a confiança do eleitor, além do que o eleitorado do Município de Macapá cresceu 4,23% apenas nos dois últimos anos, passando de 243.363 eleitores em 2010 para 253.659 eleitores, mais de 10 mil, suficiente para fazer a diferença em um provável segundo turno e deixar indefinida qualquer eleição em Macapá.
Para os que não conseguem acostumar-se com a força da democracia, mostrada pelo poder do voto, então que comece a ficar preocupado com as dificuldades que irá encontrar para entender o resultado.


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