Rodolfo Juarez
Tenho a
impressão que o tempo passa, as questões principais mudam, mas os políticos continuam com a mesma tática:
prejudicar o adversário o máximo que puder.
Veja o
que está ocorrendo com relação à transição de governo. De um lado os que estão
precisando das informações oficiais e corretas, reclamam de que elas não estão
chegando; do outro lado, aqueles que teriam que fornecer essas informações,
dizem onde elas estão e que basta chegar lá e acessá-las.
Pode
até que os que estão chegando estejam exagerando. Agora, os que estão saindo,
não estão facilitando nada, como se o governo do Estado fosse uma questão
particular ou objeto de estrema vingança, sob a alegação de que, há quatro
anos, foi assim mesmo.
É
preciso os agentes públicos, tanto os escolhidos pelo povo, como aqueles
escolhidos por aqueles que o povo escolheu, entendam que a informação deve ser
oferecida de tal forma que possa ser compreendida pelo outro e não da forma que
possa prejudicar o entendimento desse outro.
Fica
uma brincadeira de esconde-esconde, onde os documentos mais importantes terão
que ser achados pela parte da equipe de transição indicada pelo governador que
entra, pois a parte da equipe de transição, indicada pelo governador que sai,
dá a impressão que está disposta a dificultar tudo.
Aliás,
isso é equipe?
Enquanto
isso os prestadores de serviço não recebem, os próprios serviços públicos que
já não são bons pioram e a população, começo e fim de tudo, fica desconsiderada
e, de certa forma, abandonada e já entregue ao governador que entra.
Enquanto
não houver um caminho claro a ser seguido, que seja conhecido por todos, claro
que não dá para dizer nada, pois, afinal de contas, as pessoas, todas elas,
precisam dessa mínima orientação.
Há de
ser firmado um protocolo (enquanto não tiver clara a regra) entre as equipes
que entram e as equipes que saem, de realizarem uma transição continuada, para
que a população não sinta as consequências dos problemas que os governos enfrentam
no início dos mandatos.
É uma
pena!
Esta
compreensão não é uma alternativa das pessoas que estão para cumprir a
incumbência é uma obrigação de todos aqueles que fazem os governos, tanto o que
entra como o que sai.
Não há
transição efetiva e eficiente se não for realizada com boa vontade,
responsabilidade e espírito público. Como também não há transição quando os
assuntos de governo relativos à mudança vêm por ordem judicial. Isto é
usurpação ou trabalho forçado.
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