Rodolfo Juarez
Faltam menos de 60
dias para a estação das chuvas amazônicas chegarem à região do arquipélago do
Marajó e às margens direita e esquerda do rio Amazonas, exatamente onde
está a cidade de Macapá e sua região
metropolitana.
Todos sabem disso,
ou disso já tiveram ao menos mínimas informações, mas, suficientes para deixar
em alerta os dirigentes públicos mais cautelosos, principalmente prefeitos e os
secretários que tratam da infraestrutura urbana e das rodovias municipais.
Mesmo assim, ainda
tem agentes públicos que estão imaginando que as chuvas não trarão problemas,
que os canais urbanos não estão assoreados e que as vias asfaltadas, todas
elas, foram feitas com mínima técnica de engenharia e com os cuidados
necessários para ocupação do solo pelos moradores.
Não sei por que os
dirigentes, muitos deles, são assim: confiante demais, desatentos demais,
despreocupados demais.
A Defesa Civil,
sempre vem alertando os técnicos que trabalham no Poder Executivo dos
Municípios, bem como algumas secretaria de governo e comando de unidades
militares, de que são mais de 200 os pontos críticos que ficam dentro da área
da cidade ou na área rural próxima.
Um “tur” por áreas
mais baixas da cidade de Macapá denuncia que não há qualquer esquema de
prevenção para enfrentamento de chuvas acima de 10mm/h.
Se sabe que há uma
classificação para medir a intensidade da chuva. Uma chuva é considerada forte
quando a sua intensidade é igual ou superior a 10 mm/h, mas inferior a 50 mm/h.
Aliás, a
intensidade da chuva pode ser classificada da seguinte forma: Fraca: quando a
intensidade é menor do que 5 mm/h; Moderada: quando a intensidade está
compreendida entre 5,0 e 25 mm/h; Forte: quando a intensidade está compreendida
entre 25,1 e 50 mm/h; Violenta: quando a intensidade é maior do que 50,0 mm/h.
A quantidade de
chuva que cai em uma determinada região é medida em milímetros. Por exemplo, se
chover 100 mm em uma região, significa que em uma área de 1 metro quadrado, a
lâmina de água formada pela chuva terá uma altura de 100 milímetros.
Essas definições
são conhecidas das autoridades municipais e dos que cuidam da defesa civil.
Mas, nesse
momento, não é isso o importante. O importante está nas condições em que se
encontra o sistema de escoamento da água da chuva. Ou seja, como se encontra o
sistema de coleta e os canais de drenagem e macrodrenagem da cidade.
Basicamente os
elementos que compõem um sistema de drenagem urbana são: a) pavimentos das
ruas; b) guias e sarjetas; c) bocas de lobo; d) galerias de drenagem; e)
sistemas de detenção e infiltração nos lotes e pavimentos; f) trincheiras e
valas.
A drenagem urbana
pode ser definida como o gerenciamento das águas que caem da chuva.
Essa gerência tem
sido problema nos últimos anos em Macapá, não obstante os avisos, as repetições
de eventos, problemas e dificuldades para responder à população cada vez mais
descrente e cada vez mais desconfiada.
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