quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Ah! Dezembro, o mês das lembranças.

Rodolfo Juarez

Dezembro é um mês cheio de registros de acontecimentos que tiveram minha  participação direta. Para se ter uma ideia e sem destacar todos os momentos, o dia 9 lembra a transformação do CEAG/AP (Centro de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Amapá)  em Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas).

Era o ano de 1980 e aconteceu devido ao clamor nacional pela valorização das empresas que mais empregavam: as pequenas e micro empresas e a compreensão do fato pelo govenador do então Território Federal do Amapá, comandante Anibal Barcelos que havia assumido o governo do Território em 15/03/1979.

Guilherme Afif Domingos, na época presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), que vinha da presidência da Associação Comercial de São Paulo e aqui em Macapá, era eu o presidente da Associação Comercial e Industrial do Amapá.

Vale lembrar que o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) foi estruturado e criado por iniciativa do Governo Federal, especificamente pelo BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) e o Ministério do Planejamento, em 1972. 

Originalmente, a entidade foi instituída em 5 de julho de 1972 com o nome de Cebrae (Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa), como uma fundação vinculada ao governo federal. 

Posteriormente, a estrutura foi transformada em um serviço social autônomo, sem fins lucrativos, pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, passando a se chamar Sebrae. Portanto, não houve uma única pessoa que o "fundou", mas sim uma iniciativa institucional do Estado brasileiro.

Aqui em Macapá, Guilherme Afif Domingos foi à ACIA e com um discurso motivador e de candidato à presidente da República, distribuiu o slogan “Justos Chegaremos Lá” e destacou a importância dos micros e pequenos empresários para uma plateia de empreendedores locais.

Nesse tempo o presidente licenciado da CACB foi informado de que, no Amapá e por iniciativa do Governador, o CEAG/AP havia aderido ao modo Sebrae e se juntado como serviço social autônomo, sem fins lucrativos, com financiamento de 0,6% da contribuições dos empresários na folha de pagamento.

Outras datas de dezembro, me são caras:

Dia 14/12/1990 – Fundação da Federação das Indústrias do Estado do Amapá. Franciso Leite da Silva, primeiro presidente, enquanto eu ficava na vice-presidência;

Ainda dia 14/12/2002 – Assinatura do Convênio de Delegação que entre si celebram a União, por intermédio do Ministério dos Transportes; e o município de Santana, para administração e exploração do Porto de Macapá.

Dia 17/12/1971 – Recebi, das mãos da minha querida mãe, dona Raimunda Pureza Juarez, o grau de Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Pará.

Eu gosto do mês de dezembro por estes e outras registros.

 

domingo, 7 de dezembro de 2025

O livramento recebido

Rodolfo Juarez

Transcorria o ano de 1982, já no seu final, dia 8 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, feriado como ontem.

Aproveitava o feriado para acompanhar o time do Amapá Clube para um treino no Campo do Guarany Atletico Clube, na área em que está, hoje, construído o prédio do Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP), uma instituição de ensino superior privada.

Chegando lá, mesmo com todos os jogadores do clube presentes, resolvi entrar na brincadeira e participar dos exercícios e, logo depois, do treino com bola. O Cabo Roque era um treinador estreante, uma vez que vinha substituindo a sua condição de atleta do Esporte Clube Macapá, pela condição de treinador de time de futebol.

Depois do aquecimento, o treino já corria normalmente, se aproximava da hora 17, eu em campo, naquela altura com 36 anos completados em maio, ainda com muito vigor físico e até preparo, mostrava muita disposição.

Em uma das jogadas a bola saiu para a lateral, pela linha marcada (sim tinha marcação de linha de limite do campo), e que hoje, como antes, era a linha de lateral do lado Sul do campo. Eu, aproveitando minha disposição, sai no rumo onde a bola tinha saído, Esqueci, completamente, de que havia uma cerca de arame farpado servindo de limite do terreno (toda a área, naquela época, era desabitada e desocupada).

Pois bem, dei de cabeça, cara, peito e perna nas linhas de arame farpado. Senti que sai, completamente do chão e, pela reação das linhas de arame farpado, voltei completamente na horizontal e cai de costas, batendo, violentamente a cabeço no terreno duro, como até hoje é, daquela área completamente plana. Desmaie e, em consequência, “apaguei” completamente.

Me contaram depois que o treino parou, o Cabo Roque me levou para o quartel do exército ali perto, onde ele era, naquele tempo, um conceituado cabo, onde recebi os primeiros atendimentos.

Recobrei os sentido, não sei precisar quanto tempo depois, e fui levado, pelos atletas, até em casa. Naquela época eu morava na Avenida Antônio Coelho de Carvalho, esquina com a General Rondon. A minha chegada em casa, com todas as marcas do meu descuido e logo passei a ser atendida pela minha esposa e o as outras pessoas de casa ou da vizinhança que vieram saber o que havia acontecido.

Foi naquele momento que constatei que havia escapado de ficar cego dos dois olhos. O arame farpado havia rebentado com meu queixo, a ponta do meu nariz e um pouquinho acima das sobrancelhas. Atribui isso a uma providência milagrosa de Nossa Senhora da Conceição, santa a quem sou agradecido até hoje pela foram, inexplicável, como defendeu meus olhos.

Eu sou do Afuá e, dos 6 aos 13 anos, morei na sede do Município, período em que fui batizado e crismado e passei a ser sacristão (assim era chamado) ajudando o padre Antônio (esse era o nome do único padre do Município) durante muitas missas.

Nossa Senhora da Conceição é a Padroeira do Afuá.

Esse foi o motivo pelo qual abdiquei, em homenagem à Santa milagrosa, de qualquer atividade laboral no dia 8 de maio, Dia da Imaculada Nossa Senhora da Conceição e, por isso, há 43 anos, tenho respeito infinito pelo livramento que recebi. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A "rápida alegria" que chega tão rápido e desaparece da mesma maneira.

Rodolfo Juarez

Com a aproximação do Réveillon os governantes, tanto do governo do Estado do Amapá como dos governos dos municípios deste Estado, começaram a anunciar as atrações, principalmente musicais, com as quais pretendem fazer a “rápida alegria” da população que desenvolve esse sentimento nas festividades promovidas pelos governantes, na maioria das vezes gastando o dinheiro que não tem.

A "rápida alegria" é uma expressão que descreve um sentimento de felicidade ou contentamento que é passageiro ou de curta duração. É a experiência de sentir-se feliz, mesmo que por um breve momento. A expressão sugere que, embora a alegria seja genuína quando ocorre, ela logo desaparece ou é substituída por outras emoções ou realidades. Essencialmente, o termo enfatiza a brevidade da emoção.

Mesmo sabendo disso, a expectativa dessa “rápida alegria” que chega rápido e, também, desaparece rápido, ainda influencia decisões importantes dos governantes que, muitas vezes, acabam prejudicando administrações e administradores na hora de prestação de contas dos gastos feitos.

O assunto é tão sério e tão intrigante, que mesmo sabendo disso, os governantes arriscam, não falam a verdade e procuram maneiras para justificar os gastos e os pagamentos feitos antecipados, se valendo de empresas ou instituições que não o Governo do Estado ou as prefeituras municipais para servir de outdoor às decisões que tomam.

Este ano, o governador Clécio Luis, quando anunciava, o que disse ser a “primeira atração do Réveillon de 2025” teria dito que o evento seria no anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá e que a artista estaria ali sem qualquer custo para o Governo.

Ninguém acreditou nessa hipótese!

Esses e essas artistas fazem dessas oportunidades o seu maior faturamento. Anita, reconhecida pelos seus cachês considerados altos, comporta-se como não estando disposta a dispensá-lo. Faria isso, a troco de quê?

Justificar que se trata de emenda parlamentar faz pouquíssima diferença uma vez que se trata de dinheiro resultado do pagamento de impostos pelos contribuintes brasileiros, portanto também dos contribuintes amapaenses.

Mas esse comportamento também está arraigado nas administrações municipais, seja da Capital do Amapá, seja nas sedes municipais do interior do Estado.

Festa em todos os municípios é a realidade.

Os dirigentes, prefeitos e governadores, acreditam que precisa ser assim, mesmo sabendo que isso implica em plano especial de segurança, em ações de combate à droga e à prostituição, reforço nas equipes de socorro, seja nas equipes de resgate como nas esquipes do sistema de saúde.

O complicado de explicar é a situação subliminar que, na maioria absoluta das vezes, se trata de um movimento político onde se busca, em verdade, consolidação de prestígio junto à população na tentativa de espalhar um ópio eficaz e que possibilite um discurso fácil de fazer e na forma que pretendem seus orientadores de campanha, visando a próxima disputa.

Aliás, como essa disputa será em outubro deste ano, os futuros candidatos pretendem que as possibilidades de sucesso aumentem de forma diretamente proporcional com  os gastos e as tentativas de agradar o eleitor.

Enquanto isso, falta dinheiro para outras coisas, provavelmente de igual importância ou de importância maior. 

domingo, 30 de novembro de 2025

O CArnaval de Macapá muda de data por causa de outro Carnaval

Rodolfo Juarez

Aqui no Amapá, seja no tempo de Território ou no tempo de Estado Federado, toda vez que a Administração Pública, seja a do Governo do Estado ou a da Prefeitura Municipal, tomou para si a realização dos desfiles das escolas de samba, o resultado dos carnavais seguintes terminou com as escolas não indo ao Sambódromo alegando falta de condições financeiras.

O que está acontecendo agora é que a gestão do Carnaval de 2026 tem fortíssima influência da Administração Estadual, chegando ao ponto de mudar a data do Carnaval para as Escolas de Samba do Amapá que, ao invés de desfilarem no sábado de Carnaval e no domingo de Carnaval, desfilarão, uma semana antes, e sabem por quê? Porque uma escola de samba do Rio de Janeiro emprestou a história do antigo Rei Momo do Carnaval Amapaense, o Sacaca, para levar para a Avenida Sapucaí, no Rio de Janeiro, na segunda e na terça de Carnaval.

É isso mesmo!

Veja, a programação principal do Carnaval Amapaense de 2026 ocorrerá de forma antecipada em relação ao feriado nacional, com os desfiles oficiais das escolas de samba marcados para os dias 7 e 8 de fevereiro, no Sambódromo, em Macapá. 

O Carnaval no restante do Brasil, incluindo os feriados de segunda e terça-feira, ocorrerá entre os dias 14 de fevereiro (sábado) e 17 de fevereiro (terça-feira) de 2026, respectivamente.

A antecipação do desfile de Carnaval, das Escolas de Samba aqui do Amapá se deve à homenagem que um dos mais importantes Reis Momos do Carnaval Amapaense, o Sacaca, receberá da escola de samba Estação Primeira da Mangueira, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro e, nesses dias, as autoridades do carnaval do Amapá optaram por estar na Cidade Maravilhosa, vendo a Estação Primeira de Mangueira desfilar.

As opiniões se dividem, parte achando que se trata de uma conveniência daqueles que têm o apoio do Governo do Amapá, enquanto outros temem pelo risco de não haver continuidade no crescimento do evento aqui em Macapá, devido à troca de data, fazendo um Carnaval fora de época característico.

Tomara que as precauções tenham sido tomadas, levando em consideração as dificuldades que as escolas, a curto prazo, enfrentarão, quando os dirigentes administrativos do Amapá virarem as constas para os carnavalescos e suas escolas de samba, como ocorreu noutros tempos não tão distantes.

Parte desses entendem que a descontinuidade ou a desimportância com que se trata o Carnaval local, chegando ao ponto de mudar de data dos desfiles por causa de outro carnaval, pode deixar o brincante local sem motivação para apoiar a suas escolas amadas por tanto tempo.

O risco é grande, mas tem dirigente do Carnaval amapaense que gosta de fortes emoções e de fortes riscos na condução de um evento que claramente caminha para ser um dos melhores carnavais do Norte do Brasil.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

O futebol, seus clubes e a paixão do torcedor

Rodolfo Juarez

Das quatro competições que, sob a forma de pontos corridos que são disputadas no Brasil, casos das série “A” e “B”, e tipo misto, nos casos das séries “C” e “D”, apenas o campeonato da série “A”, ainda faltam 3 rodadas para fechar a competição.

Dos clubes que disputaram a série “D”, série onde está estacionado o representante do Estado do Amapá, quatro clubes conquistaram acesso para a série “C”: Santa Cruz, de Pernambuco; o Maranhão, do Estado do Maranhão, a Inter de Limeira, de Limeira/SP e Barra, de Barra do Garça/SC. Esta série contou com 96 participantes definidos conforme o Ranking Nacional de Clubes elaborado pela CBF..

Em 2025, 20 clubes disputaram a Série C, dos quais quatro subiram para a Série B: Ponte Preta de Campinas/SC, Náutico de Recife/PE, Londrina de Londrina/PR e São Bernardo, de São Bernardo do Campo/SP. Quatro caíram para a série C: Tombense, Retrô, ABC e CSA.

Neste ano de 2025 a Série B de contou com 20 clubes. Quatro que subiram para a Série A foram: Coritiba, de Curitiba/PR, Atletico, também de Curitiba/PR; Chapecoense, de Chapecó/SC e Remo, de Belém/PA. Foram rebaixados para a série C: Ferroviária de Araraquara/SP, Amazonas de Manaus/AM; Volta Redonda, de Volta Redonda/RJ; e Payssandu de Belém/PA

A Seroe A, considerada a elite do futebol brasileiro, já concluiu a sua 35.ª Rodada e está a três rodas do final e Flamengo lidera, com folga de 4 pontos para o segundo colocado, o Palmeiras. A competição tem data marcada para a realização da última rodada o que deve acontecer no dia 7 de dezembro, primeiro domingo do último mês do ano.

Ainda está por terminar a Libertadores da América que tem jogo marcado para amanhã, começando às 18 horas e a Copa do Brasil que está na sua fase semi final e com os confrontos definidos entre os 4 clubes que farão as semifinais: Cruzeiro x Corinthians que jogam dias 10 e dia 14 de dezembro; e Vasco x Fluminense, que tem jogo marcado para os dias 11 e 14 de dezembro.

O futebol brasileiro, que saiu prestigiado da Copa do Mundo de Clubes, competição organizada pela FIFA e que teve o Fluminense entre um dos 4 clubes mais poderosos do mundo ao final da competição, se prepara ainda para a Copa do Mundo de Seleções que será realizada em 2026 simultaneamente nos Estados Unidos, no Canadá e no México.

O futebol confirmou, este ano, a presença de um clube do Norte do Brasil na principal série do futebol brasileiro. O Clube do Remo, de Belém do Pará, disputará a série A e trazendo 19 jogos para o Mangueirão, em Belém, no Estado do Pará, inclusive os dois clubes que estão em Lima, no Peru, para decidir quem é que tem o melhor futebol da América do Sul. 

  

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Amprev, no Estado do Amapá, aplicou 400 milhões de reais em papéis de alto-risco

Rodolfo Juarez

O artigo que escrevi na semana passada com o título “falta de civismo e sobra de cinismo” repercutiu mais entre os leitores de outros centos e menos entre os leitores de Macapá e dos demais municípios do estado do Amapá.

Agora me são apresentados, outra vez, questões que envolvem diretamente os funcionários públicos do Estado do Amapá que recolhem a contribuição previdenciária para a Amprev, um órgão do Governo do Estado, que já anunciou estar em mudança para funcionar como uma autarquia moldada conforme as exigências do Instituto Nacional de Previdência Social, o INSS.

A Amprev - Amapá Previdência -, com 26 anos e 4 meses de história na manutenção, fiscalização e resguardo do futuro do segurado, funcionário público amapaense, voltou às manchetes da imprensa e das redes sociais amapaenses.

Senão vejamos: a Amapá Previdência realiza periodicamente, o censo previdenciário que, em dezembro de 2023, visava cadastrar aproximadamente 28.500 servidores públicos da ativa e inativos (segurados, aposentados e pensionistas). 

Até agora, não há um número exato e atualizado de segurados e se há um número definido, as fontes não tiveram condições de informar um número exato, mas sabe-se que a Amprev administra um patrimônio bilionário para garantir o pagamento dos benefícios a esse grupo de pessoas, funcionários públicos.

Em recente entrevista na TV Amapá, emissora da Rede Amazônica de Televisão no Amapá, o presidente da Amprev, adiantou que a instituição tem caixa para pagar os aposentados e pensionistas até 2049.

E o que isso significa?

Significa que a entidade tem a capacidade financeira, com base em projeções atuariais e nos recursos já aplicados, de honrar seus compromissos de benefícios previdenciários naquele período, mesmo que a contribuição atual de servidores ativos não seja suficiente.

Os pontos-chave que sustentam a questão são, basicamente, os seguintes:

a)   O Patrimônio Líquido (9 bilhões), este é o montante total de recursos anunciado que a Amprev acumulou por meio de contribuições dos servidores (ativos e inativos), do governo e, principalmente, dos rendimentos de aplicações financeiras e investimentos. Esse dinheiro é aplicado no mercado financeiro para gerar mais retorno;

b)   Patrimônio Líquido Atuarial (até 2049), resultado de estuados atuariais, que são cálculos que estimam obrigações futuras, expectativa de vida dos beneficiários, número de novos aposentados, inflação e rentabilidade dos investimentos. A data de 2049 (ou 2048) é o resultado dessa projeção, indicando que, mantidas as condições e a rentabilidade atuais, o fundo tem recursos suficientes para cobrir todos os pagamentos;

c)   Solvência e Segurança Financeira, essa declaração tem como objetivo principal transmitir segurança aos contribuintes, mostrando que o fundo é financeiramente sólido e que os pagamentos de aposentadorias e pensões estão garantidos a longo prazo, garante o atual presidente.

Recentemente, questões envolvendo investimentos no Banco Master abalaram aqueles que contribuem com a Amprev, afinal foram mais de 400 milhões de reais aplicados em papéis de alto-risco e que, agora, são créditos com risco aumentado. 

Mesmo assim, a Amprev não depende apenas das contribuições do mês para pagar os benefícios daquele mês, possui "colchão" financeiro robusto, gerido através de uma política de investimentos, que garante a solvência do sistema previdenciário estadual por mais de duas décadas, mas isso não autoriza arriscar demais ou lidar com incertezas. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

A eleição de um(a) braseiro(a) para cargo político deixou de ser honra para o eleito(a)

Rodolfo Juarez

Os poderes da república são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, que deveriam trabalhar de forma independente e harmônica entre si para governar o país. O objetivo dessa divisão, está fundamentada no princípio de "freios e contrapesos", para evitar a concentração de poder em uma única esfera e garantir a liberdade individual.

Poder Executivo com a responsabilidade por governar, administrar e executar e fazer prevalecer o império das leis. O Poder Legislativo com a responsabilidade em criar as leis, seu principal papel, e fiscalizar o Poder Executivo. Poder Judiciário com a responsabilidade de avaliar as leis e garantir que elas estejam de acordo com a Constituição Federal. 

Simples assim! O legislativo elabora as leis, o Judiciário aplica as leis, e o Executivo administra o País.

O artigo 1.º da Constituição Federal do Brasil define: “O Brasil é uma República Federativa, constituída sob o regime representativo, pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”.

O que isso significa?

Significa que o Brasil é um país dividido em unidades autônomas (Estados, Distrito Federal) que se unem para formar uma federação, mas essa união é permanente e indivisível, sem o direito de secessão. Essa organização garante a descentralização de poderes e responsabilidades entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que compartilham a autonomia política e administrativa para atender às demandas da população. 

E como se comportam os políticos eleitos?

A questão de os políticos eleitos respeitarem integralmente a Constituição Federal vigente tem sido objeto de debate contínuo e complexo na sociedade brasileira, envolvendo diferentes interpretações jurídicas e políticas. Não há uma resposta simples se têm “bom comportamento” ou se não têm “bom comportamento”, pois a conformidade constitucional é constantemente avaliada e, muitas vezes, questionada nos âmbitos jurídico e público.

Essa avaliação contante, que visa o aprimoramento das relação, tem confundido os próprios políticos que se alinham em grupos ideológicos que vêm desde a extrema-direita, passando pela direito, centro, esquerda e extrema-esquerda, buscando supremacia ou confirmação de representatividade.

A eleição de um político, uma escolha do eleitor que representa a população brasileira naquela escolha, há muito deixou de ser uma honra para se tornar em palanque permanente onde a luta é pela prevalência das suas particulares idéias e não na defesa dos interesses da população que, através dos eleitores, os elegeu.

Mesmo assim os próprios políticos, quando investidos na condição de representantes do povo ou dos interesses desse mesmo povo, muitas vezes falam em nome da população sem se limitar às suas verdadeiras funções, mas buscando, através de artimanhas inconfessáveis, salvo raras e honrosas exceções, vantagens que a legislação já classifica como indevidas.

Temos vistos nos atuais tempos, e lidos nos não raros fatos descritos na História da República, absurdos legais e sociais resultado de ações, por parte daqueles que formam os Poderes da República Federativa do Brasil que resultaram em suicídios, renúncias, corrupção, malfeitos e prisões daqueles que disseram para o povo que só iriam trabalhar pela harmonia dos poderes e defesa da população.

O eleitos, pelo menos a maioria deles, insiste em esquecer o que prometeram.