segunda-feira, 28 de outubro de 2024

As lições deixadas em 2022 e 2024 precisam ser aproveitadas para 2026

Rodolfo Juarez

Realizadas as eleições municipais de 2024, o tribunais regionais eleitorais já trabalham na solução das pendências, administrativas e jurídicas, que ficaram para traz, e elaboram a solenidade de diplomação dos eleitos, prefeitos e vice-prefeitos, e vereadores que precisa acontecer antes do final do ano.

Diplomados os eleitos, as pendências sub-judice que porventura persistirem, aguardarão as decisões dos tribunais superiores para o seja declarado o caso encerrado.

Mas os organizadores das eleições de 2026, quando serão realizadas as Eleições Regionais e a Eleição Nacional, já começam a trabalhar no começo do ano de 2025 para estar tudo organizado um ano antes do pleito de 2026, com a atenção e a certeza de que será mais uma tarefa difícil, importante e que precisa ser tranquila, para demonstrar para o mundo que o resultado reflete, fielmente, a vontade da maioria dos eleitores brasileiros que, naquele momento, representarão toda a população brasileira.

As dificuldades criadas pelos participantes e os organizadores na eleição de 2022, aparecerão como fantasmas fazendo relembrar o que de muito ruim foi registrado no antes, no durante e, principalmente, no depois das eleições, quando houve episódios com autoridades dando respostas atravessas para eleitores como o viralizado “perdeu mané” ou o criminalizado “oito de janeiro”.

Desde o começo a população brasileiro e o eleitor brasileiro precisam ser convencidos a terem calma, muita calma.

Trabalhar essa calma deve ser uma tarefa prioritária e assim enfrentada desde os primeiros dias da preparação das eleições gerais e nacional de 2026, pois, “empurrar com a barriga” ou ignorar as influências, ainda vivas, daquelas eleições é correr riscos desnecessários e alegações que, mesmo razoáveis, podem prejudicar o pleito e desanimar o eleitor.

A impressão que ficou é de que as eleições municipais serviram para acalmar os ânimos, muito devido à paciência e firmeza da ministra Carmem Lúcia e do ministro Nunes Marques, vice-presidente do TSE. Os dois não deram ouvidos aos exageros, principalmente com relação aos questionamentos que poderiam ser feitos e que foram abafados pela confiança tranquilizadora que, os dois, demonstravam no trato de cada detalhe da eleição.

Os eleitores fizeram a sua parte, quase 80% da totalidade compareceu para votar em 2024, demonstrando que continuam acreditando que a melhor maneira de exercer a sua influência na melhoria das condições de vida do povo brasileiro é a democracia.

Não a democracia na interpretação de um ou de outro, mas a democracia como referência de que o povo está no comando.

E ainda dá para acreditar nisso!

A barreira interposta, pelo povo, entre os exageros de um lado e do outro foi suficientemente resistente e conseguiu manter os dois extremos longe um do outro, mesmo com cada um tentando, de variadas formas, atingir o outro, mesmo sem razão ou sem qualquer compromisso com a base de tudo – o bem-estar da população. 

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