Rodolfo Juarez
Realizadas as
eleições municipais de 2024, o tribunais regionais eleitorais já trabalham na
solução das pendências, administrativas e jurídicas, que ficaram para traz, e
elaboram a solenidade de diplomação dos eleitos, prefeitos e vice-prefeitos, e
vereadores que precisa acontecer antes do final do ano.
Diplomados os
eleitos, as pendências sub-judice que porventura persistirem, aguardarão as
decisões dos tribunais superiores para o seja declarado o caso encerrado.
Mas os
organizadores das eleições de 2026, quando serão realizadas as Eleições
Regionais e a Eleição Nacional, já começam a trabalhar no começo do ano de 2025
para estar tudo organizado um ano antes do pleito de 2026, com a atenção e a
certeza de que será mais uma tarefa difícil, importante e que precisa ser
tranquila, para demonstrar para o mundo que o resultado reflete, fielmente, a
vontade da maioria dos eleitores brasileiros que, naquele momento,
representarão toda a população brasileira.
As dificuldades
criadas pelos participantes e os organizadores na eleição de 2022, aparecerão
como fantasmas fazendo relembrar o que de muito ruim foi registrado no antes,
no durante e, principalmente, no depois das eleições, quando houve episódios
com autoridades dando respostas atravessas para eleitores como o viralizado
“perdeu mané” ou o criminalizado “oito de janeiro”.
Desde o começo a
população brasileiro e o eleitor brasileiro precisam ser convencidos a terem
calma, muita calma.
Trabalhar essa
calma deve ser uma tarefa prioritária e assim enfrentada desde os primeiros
dias da preparação das eleições gerais e nacional de 2026, pois, “empurrar com
a barriga” ou ignorar as influências, ainda vivas, daquelas eleições é correr
riscos desnecessários e alegações que, mesmo razoáveis, podem prejudicar o
pleito e desanimar o eleitor.
A impressão que
ficou é de que as eleições municipais serviram para acalmar os ânimos, muito
devido à paciência e firmeza da ministra Carmem Lúcia e do ministro Nunes
Marques, vice-presidente do TSE. Os dois não deram ouvidos aos exageros,
principalmente com relação aos questionamentos que poderiam ser feitos e que
foram abafados pela confiança tranquilizadora que, os dois, demonstravam no
trato de cada detalhe da eleição.
Os eleitores
fizeram a sua parte, quase 80% da totalidade compareceu para votar em 2024,
demonstrando que continuam acreditando que a melhor maneira de exercer a sua
influência na melhoria das condições de vida do povo brasileiro é a democracia.
Não a democracia na
interpretação de um ou de outro, mas a democracia como referência de que o povo
está no comando.
E ainda dá para
acreditar nisso!
A barreira interposta, pelo povo, entre os exageros de um lado e do outro foi suficientemente resistente e conseguiu manter os dois extremos longe um do outro, mesmo com cada um tentando, de variadas formas, atingir o outro, mesmo sem razão ou sem qualquer compromisso com a base de tudo – o bem-estar da população.
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