Rodolfo Juarez
Está acontecendo uma
profunda modificação na forma como os eleitores estão participando do processo
eleitoral. Acredito até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa iniciar
estudos - se ainda não foram iniciados -, para motivar o eleitor, o grande
esquecido do processo.
Está acontecendo
uma revolução social da qual o cidadão, como eleitor, tem encontrado
dificuldades para achar motivação capaz de fazê-lo animar-se e contribuir para
a melhoria d e sua participação em eleições.
Sem essa
oportunidade para contribuir para a melhoria do processo, o eleitor, na
qualidade de expectador ou de convidado, ou, ainda, obrigado a votar, também se
defende como pode, ou como um desafio à queles que os vêm ignorando ao longo do
tempo.
Urnas eletrônicas,
leis novas, mas, confusas, que precisam ser ajustadas ou trocadas a cada
eleição. Linguagem atual, procedimentos que nem todos compreendem ou, mesmo,
entendem, acabam afastando muitos homens e, principalmente, muitas mulheres do
processo em que estão habilitados mais de 155 milhões de pessoas como eleitores
e eleitoras.
A abstenção é a
resposta que os eleitores e as eleitoras estão dando aos organizadores das
eleições no Brasil, sejam as eleições gerais, quando são eleitos o presidente,
os senadores, os deputados federais, os governadores e os deputados estaduais
ou distritais, ou as eleições municipais, como as que acontecem no próximo
domingo, quando vão, os eleitores e eleitoras, eleger os prefeitos e os
vereadores dos municípios brasileiros que superam o cardinal de 5.600.
A campanha, com os
candidatos apresentando propostas que não têm condições de torna-la realidade,
orientados por marqueteiros de pouca inspiração ou responsabilidade com a
eleição, se torna enfadonha, mesmo com tamanho reduzido e que deixar o rádio,
principalmente, e a TV, ainda com algum prestígio, vendo reduzir a sua
audiência, ainda mais quando, em geração nacional apresenta destempero de
candidatos, inclusive com cadeiradas que, sem dúvida, demonstra que o processo
eleitoral não evoluiu e nem caminha no rumo da evolução.
Os organizadores
das eleições, todas elas, precisam mostrar, claramente, para o eleitor que ele
não está caminhando para levar cadeirada, muito embora saiba que está colocado
em um ambiente do processo, mas, sem qualquer proteção. No tom atual, recebe punição
severa se não for votar, implicando, inclusive, no seu futuro, no caso de
assumir cargo público.
A regra geral
atual, por exemplo, não pune o candidato que dá cadeirada e muito menos o
partido que o escolheu para ser seu candidato na eleição. A indicação desse
rumo não reflete o que o eleitor espera dos organizadores.
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