Rodolfo Juarez
Chegou a mil a
contagem dos pacientes renais crônicos no Estado do Amapá. Um número que
continua crescendo devido o aumento da população, a modernização das condições
para o diagnóstico médico e o conhecimento dos sintomas mais relevantes por
parte das famílias, dos médicos clínicos-gerias, dos paramédicos e dos
socorristas.
Não se fala nada,
entretanto, das medidas preventivas que se aplicam ao caso, ou de campanhas
preventivas que possam evitar se chegar no estágio final da doença que, sem
alternativa médica, restam as sessões de hemodiálises para que o paciente tenha
a qualidade de vida adequada à situação e com isso prolongado
responsabilidades, custos e sacrifícios das famílias e do contribuinte.
No processo
preventivo para o enfrentamento à falência parcial ou total dos rins ganha
importância o conhecimento do TFG, Taxa de Filtração Glomerular, um indicador da
função renal que mede a quantidade de sangue filtrada pelos rins para formar a
urina. É um parâmetro importante para a detecção, avaliação e tratamento
de doenças renais, como a DRC - Doença Renal Crônica.
A TFG é calculada
a partir de uma amostra de sangue, que é analisada em laboratório para dosar a
creatinina ou a cistatina C. O cálculo também leva em conta a idade, o sexo e a
etnia do paciente, porque esses fatores influenciam no cálculo.
Um valor normal de
TFG para adultos e jovens é de 90 a 120 mL/min/1,73 m². A TFG diminui
naturalmente com o envelhecimento.
Por isso, a TFG é
um indicador importante para o acompanhamento da função renal de pacientes que
apresentem os sintomas da doença renal ou que tomam medicamentos tóxicos e que sobrecarregamos rins. Quanto menor
a TFG, pior o estágio da doença renal.
Entretanto, para
fechar o diagnóstico os profissionais médicos recomendam e pedem a realização
de outros exames complementares, outros tipos de exames de imagem e, até,
biopsia quando considerado necessário. A doença renal crônica (DRC) é
classificada em cinco (ou seis) estágios, de acordo com a Taxa de
Filtração Glomerular (TFG):
Estágio
1: TFG normal (≥ 90 mL/min/1,73 m 2)
Estágio
2: TFG de 60 a 89 mL/min/1,73 m 2
Estágio
3a: TFG de 45 a 59 mL/min/1,73 m 2
Estágio
3b: TFG de 30 a 44 mL/min/1,73 m 2
Estágio
4: TFG de 15 a 29 mL/min/1,73 m 2
Estágio
5: TFG < 15 mL/min/1,73 m 2
A doença renal
crônica (DRC) reduz a capacidade dos rins de remover resíduos e excesso de água
do organismo. A classificação em estágios ajuda a estruturar o melhor
tratamento para cada paciente, o que, em regra, embora recomendado
expressamente, não tem essa prática desenvolvida ou prometida pela área média
pública, pelo menos no Amapá.
Resta, então, aos
que detectarem o problema nos rins nos estágios iniciais, adotar um estilo de
vida saudável, uma alimentação especial e tomar as medicações adequadas, para evitar
ou retardar o agravamento da doença.
Os laboratórios de
análises clínicas usam mg/dL como unidade de media para a Creatinina. A
creatinina, uma substância produzida pelos músculos e eliminada pelos rins, é
outro indicador importante da função renal.
A relação entre as
unidades de medida mg/dL e mL/min/1,73m2 é devido a clearence de creatinina ser
calculada usando ambas as formas.
Os valores
considerados normais de creatinina no sangue são: para homens, 06 a 1,30 mg/dL
e para mulheres: 0,5 a 1,1 mg/dL. O paciente renal crônico (DRC), no estágio 5,
tem sua creatinina em torno de 10 mg/dL.
Que tal propor,
todos, uma procedimento preventivo no sentido de evitar essa avalanche de
doentes renais em hemodiálise. Uma campanhas de esclarecimentos com a
participação dos governos federal, estadual e municipais.
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