quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Terminal hidroviário de Macapá, a necessidade virando realidade

Rodolfo Juarez

Ao que tudo indica, desta vez sai o primeiro terminal hidroviário, para passageiros e carga, da cidade de Macapá.

Há muito que uma estrutura com essa finalidade vinha sendo reclamada por empreendedores que atuam no setor de transporte fluvial de passageiros e carga, pelo fato de ser Macapá, a única capital de um estado brasileiro, banhada pelo rio Amazonas, e dispondo de logística de atendimento de grande parte da população do arquipélago do Marajó e a conexão com a região metropolitana de Belém do Pará, onde residem mais de 2,3 milhões de pessoas.

A decisão é importante e o aproveitamento do Píer I do Santa Inês reflete o que indicaram os estudos com relação ao barateamento da construção e a sua importância para o desenvolvimento da área.

A região do bairro Santa Inês, mesmo com todas as melhorias urbanas pelas quais tem recentemente passado, principalmente no que se refere ao tráfego de veículos, motorizados ou não, precisará de adaptações no trânsito, provavelmente com a adoção de sentido único para os veículos motorizados ou não, com favorecimento para a circulação de pedestres e disponibilidade de estacionamento amplo de veículos de passageiros.

O terminal hidroviário do Santa Inês vai indicar, certamente, para os administradores, a necessidade de igual providência no região do bairro Perpétuo Socorro, do Igarapé da Fortaleza e, em Santana, áreas de grande fluxo de passageiros e carga, considerando ainda as pequenas embarcações (catraia) que fazem o transporte de passageiros para as localidades próximas de Macapá ou de Santana, as duas maiores concentrações de moradores do Estado.

A importância da decisão de fazer e da encomenda do que fazer, refletem, em grande parte, o clamor dos passageiros que, costumeiramente, por preferência ou preço da passagem, utilizam o transporte fluvial, sempre olhando para os gastos com o aeroporto internacional de Macapá.

Atualmente, por falta de dados, são precárias as informações sobre a quantidade de passageiros que utiliza o transporte fluvial e o peso das cargas transportadas pelas embarcações. Essa realidade impede uma comparação correta entre o total de passageiros transportado em embarcações fluviais e transportados por avião.

Dados não tão recente, levantados pela Companhia Docas de Santana, em 2003, indicaram que mais de 2 mil unidades de transportes, entre embarcações de pequeno, médio e grande porte, navegam pelos rios do Amapá, com destino à região do Jari, e pelos rios da região Amazônica, com destino ao Afuá e região, Breves, Belém, Santarém e Manaus.

Como a infraestrutura do Píer I, está pronta para receber a execução da estrutura projetada para conter os locais de apoio aos passageiros e às embarcações, a obra não está entre aquelas de maior dispêndio para o Governo do Estado que, entre os objetivos dos atuais dirigentes, está o atendimento ás necessidades da sociedade e não só no atendimento à melhoria dos serviços prestado pela outros entes do Estado, em condições estruturais que, atualmente, destoam daqueles projetados e disponibilizados para a população.

O terminal hidroviário do Santa Inês vinha sendo reclamado, desde muito, pelos residentes e não residentes de Macapá, usuários eventuais ou contumaz do transporte fluvial para um pequeno deslocamento, ou deslocamento até Belém, Santarém ou Manaus e, agora, vêm a realização de uma estrutura que vai responder, seguramente, pela sua importância, ao que importa ao usuário do transporte fluvial, saindo de Macapá ou, aqui chegando.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário