Rodolfo Juarez
Ao que tudo indica,
desta vez sai o primeiro terminal hidroviário, para passageiros e carga, da
cidade de Macapá.
Há muito que uma
estrutura com essa finalidade vinha sendo reclamada por empreendedores que
atuam no setor de transporte fluvial de passageiros e carga, pelo fato de ser
Macapá, a única capital de um estado brasileiro, banhada pelo rio Amazonas, e
dispondo de logística de atendimento de grande parte da população do
arquipélago do Marajó e a conexão com a região metropolitana de Belém do Pará,
onde residem mais de 2,3 milhões de pessoas.
A decisão é
importante e o aproveitamento do Píer I do Santa Inês reflete o que indicaram
os estudos com relação ao barateamento da construção e a sua importância para o
desenvolvimento da área.
A região do bairro
Santa Inês, mesmo com todas as melhorias urbanas pelas quais tem recentemente
passado, principalmente no que se refere ao tráfego de veículos, motorizados ou
não, precisará de adaptações no trânsito, provavelmente com a adoção de sentido
único para os veículos motorizados ou não, com favorecimento para a circulação
de pedestres e disponibilidade de estacionamento amplo de veículos de
passageiros.
O terminal
hidroviário do Santa Inês vai indicar, certamente, para os administradores, a
necessidade de igual providência no região do bairro Perpétuo Socorro, do
Igarapé da Fortaleza e, em Santana, áreas de grande fluxo de passageiros e
carga, considerando ainda as pequenas embarcações (catraia) que fazem o
transporte de passageiros para as localidades próximas de Macapá ou de Santana,
as duas maiores concentrações de moradores do Estado.
A importância da
decisão de fazer e da encomenda do que fazer, refletem, em grande parte, o
clamor dos passageiros que, costumeiramente, por preferência ou preço da
passagem, utilizam o transporte fluvial, sempre olhando para os gastos com o
aeroporto internacional de Macapá.
Atualmente, por
falta de dados, são precárias as informações sobre a quantidade de passageiros
que utiliza o transporte fluvial e o peso das cargas transportadas pelas
embarcações. Essa realidade impede uma comparação correta entre o total de
passageiros transportado em embarcações fluviais e transportados por avião.
Dados não tão
recente, levantados pela Companhia Docas de Santana, em 2003, indicaram que
mais de 2 mil unidades de transportes, entre embarcações de pequeno, médio e
grande porte, navegam pelos rios do Amapá, com destino à região do Jari, e
pelos rios da região Amazônica, com destino ao Afuá e região, Breves, Belém,
Santarém e Manaus.
Como a
infraestrutura do Píer I, está pronta para receber a execução da estrutura
projetada para conter os locais de apoio aos passageiros e às embarcações, a
obra não está entre aquelas de maior dispêndio para o Governo do Estado que,
entre os objetivos dos atuais dirigentes, está o atendimento ás necessidades da
sociedade e não só no atendimento à melhoria dos serviços prestado pela outros
entes do Estado, em condições estruturais que, atualmente, destoam daqueles
projetados e disponibilizados para a população.
O terminal
hidroviário do Santa Inês vinha sendo reclamado, desde muito, pelos residentes
e não residentes de Macapá, usuários eventuais ou contumaz do transporte
fluvial para um pequeno deslocamento, ou deslocamento até Belém, Santarém ou
Manaus e, agora, vêm a realização de uma estrutura que vai responder,
seguramente, pela sua importância, ao que importa ao usuário do transporte
fluvial, saindo de Macapá ou, aqui chegando.
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