Rodolfo Juarez
Depois de 20 dias
fora de Macapá estou de retorno à base para continuar o meus ofícios e as
minhas rotinas. Embora haja, nos tempos atuais, a possibilidade do trabalho à
distância com a mesma eficiência e no mesmo tempo, não tenho dúvidas que o
ambiente laboral, em permanente contato com companheiros de trabalho e a rotina
social, as atividades ficam mais fácil e a interpretação mais objetiva.
O deslocamento para
fora do Estado é uma necessidade de momento, muito embora pretenda eu
contribuir para manter acesa uma luz no fim do túnel para que as autoridades
que assumem a reponsabilidade de conduzir, mesmo por pouco tempo, a estrutura
da saúde no estado, seu funcionamento e sua objetividade, entenda que o atual
estágio precisa de modificações urgentes.
O atual governador,
logo que assumiu o Executivo Estadual, mostrou que estava disposto a revirar o
setor saúde, aquele que estava - e está - sob a responsabilidade do Governo, de
tal maneira que o poria de “cabaça para cima”.
Passados 19 meses,
já demonstra que cansou da luta. Diminuindo a intensidade do enfretamento aos
problemas recuando, como todos os outros governadores fizeram, em frente ao
“muro” erguido por aqueles interessados em que o sistema de saúde no Estado do
Amapá, permaneça como está: com muitas dificuldades para o setor público e
muitas facilidades para o setor privado que tomou conta de todos as passagens
para o desenvolvimento do Estado no setor saúde.
Não dá para
compreender o modelo adotado e praticado pela gestão estadual observando o
funcionamento dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário - e dos
órgãos que auxiliam, aqui representado pelo Ministério Público Estadual.
Enquanto o
Legislativo, o Judiciário e o próprio Ministério Público “nadam de braçada” na
modernidade, o Executivo, o Poder que mais precisa estar estruturado e
modernizado, por ser ele o que cuida diretamente dos cidadãos, é o que tem mais
dificuldades para cumprir os objetivos para o qual existe.
O setor saúde, por
seu turno, é o que serve de amostra quando se quer fazer comparação, em
situação de desvantagem, com as outras unidades da Federação.
O setor da saúde
pública está sem fôlego, dominado por interesses econômicos de um grupo.
As dificuldades que
pacientes, com direito a atendimento, passam quando buscam esse atendimento na
rede pública estadual, são imensas, mas, nem mesmo reconhecendo essa situação,
nada muda, mesmo sabendo que, na maioria das vezes, seja a linha decisiva entre
continuar vivo ou morrer!
Mas estou convicto
de que, um dia, quem sabe nem tão distante, isso pode mudar e o Governo do
Amapá, oferecer tratamento de saúde aos seus cidadãos de acordo com a
necessidade dos pacientes e esquecendo que, um dia, o Tratamento Fora de
Domicílio existiu como esperança de atendimento do povo amapaense.
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