segunda-feira, 2 de setembro de 2024

O "muro" que não deixa o setor saúde pública avançar no Amapá

Rodolfo Juarez

Depois de 20 dias fora de Macapá estou de retorno à base para continuar o meus ofícios e as minhas rotinas. Embora haja, nos tempos atuais, a possibilidade do trabalho à distância com a mesma eficiência e no mesmo tempo, não tenho dúvidas que o ambiente laboral, em permanente contato com companheiros de trabalho e a rotina social, as atividades ficam mais fácil e a interpretação mais objetiva.

O deslocamento para fora do Estado é uma necessidade de momento, muito embora pretenda eu contribuir para manter acesa uma luz no fim do túnel para que as autoridades que assumem a reponsabilidade de conduzir, mesmo por pouco tempo, a estrutura da saúde no estado, seu funcionamento e sua objetividade, entenda que o atual estágio precisa de modificações urgentes.

O atual governador, logo que assumiu o Executivo Estadual, mostrou que estava disposto a revirar o setor saúde, aquele que estava - e está - sob a responsabilidade do Governo, de tal maneira que o poria de “cabaça para cima”.

Passados 19 meses, já demonstra que cansou da luta. Diminuindo a intensidade do enfretamento aos problemas recuando, como todos os outros governadores fizeram, em frente ao “muro” erguido por aqueles interessados em que o sistema de saúde no Estado do Amapá, permaneça como está: com muitas dificuldades para o setor público e muitas facilidades para o setor privado que tomou conta de todos as passagens para o desenvolvimento do Estado no setor saúde.

Não dá para compreender o modelo adotado e praticado pela gestão estadual observando o funcionamento dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário - e dos órgãos que auxiliam, aqui representado pelo Ministério Público Estadual.

Enquanto o Legislativo, o Judiciário e o próprio Ministério Público “nadam de braçada” na modernidade, o Executivo, o Poder que mais precisa estar estruturado e modernizado, por ser ele o que cuida diretamente dos cidadãos, é o que tem mais dificuldades para cumprir os objetivos para o qual existe.

O setor saúde, por seu turno, é o que serve de amostra quando se quer fazer comparação, em situação de desvantagem, com as outras unidades da Federação.

O setor da saúde pública está sem fôlego, dominado por interesses econômicos de um grupo.

As dificuldades que pacientes, com direito a atendimento, passam quando buscam esse atendimento na rede pública estadual, são imensas, mas, nem mesmo reconhecendo essa situação, nada muda, mesmo sabendo que, na maioria das vezes, seja a linha decisiva entre continuar vivo ou morrer!

Mas estou convicto de que, um dia, quem sabe nem tão distante, isso pode mudar e o Governo do Amapá, oferecer tratamento de saúde aos seus cidadãos de acordo com a necessidade dos pacientes e esquecendo que, um dia, o Tratamento Fora de Domicílio existiu como esperança de atendimento do povo amapaense.

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