Rodolfo Juarez
O espírito de
solidariedade da população brasileira e o esforço para encobrir os erros
cometidos durante décadas de confiança no inconfiável, estão mostrando que os
brasileiros têm muita vontade de acertar, ajudando a cada um e buscando no todo
os acertos para todos do Brasil.
O que aconteceu e
ainda tem seus graves reflexos acontecendo e influenciando, fortemente, na vida
de cada um e de todos os moradores do Rio Grande do Sul, não pode ser entendido
como um caso fortuito da natureza, esse conjunto de elementos composto por mares,
montanhas, árvores, animais, ventos, água etc, no mundo natural e o mundo
material, especialmente aquele em que vive o ser humano e existe
independentemente das atividades humanas, sempre pode apresentar surpresas
quando mal interpretado pelos próprios homens, mesmo aqueles que dizem sabendo
o que dizem, mas dizem para poucos, como também aqueles que dizem sem saber o
que dizem, mas dizem para muitos.
Estudos, apoiados
em dados levantados durante anos por estudiosos preocupados com o que poderia
acontecer, foram ignorados por aqueles que tinham obrigação de tomar
iniciativas, dar ordens e mandar aprofundar os estudos, mas que não o fizeram
por uma decisão pessoal, carregada de irresponsabilidade, ou por não confiar na
informação privilegiada que tinham em mãos e que não tiveram a preocupação ou a
capacidade de entender a gravidade, ou mesmo que tinham em suas mãos as
iniciativas que poderiam ter evitado o que se tornou a maior catástrofe em solo
brasileiro.
Até mesmo os
centros de “previsão” do tempo, carentes de melhores instrumentos, erraram e
“tudo ficou no próprio erro”.
O tempo passa e
ninguém cobra os pequenos erros cometidos por aqueles que, em horário nobre de
TV, principalmente, jogando com imagens que se movimentam, apenas como
espetáculo, mas nunca como instrumento que pode induzir medidas ou dar certeza
das providências.
Não se trata de
previsão de longo tempo, se trata de previsão para “amanhã”. Erros que não
influenciam, passam. Nada se cobra pelos erros cometidos que influenciam
fortemente, como no caso acontecido neste mês de maio no Rio Grande do Sul.
Com toda a
tecnologia que se dispõe hoje, como não prevê as ocorrências que poderiam ser
registradas no Rio Grande do Sul?
Afinal, para que
servem as previsões do tempo, levadas ao ar por redes de televisão que se
arvoram a enfeitar a informação e torná-la um espetáculo, não para conhecer o
fato anunciado, mas para prender o telespectador ao vídeo sem interesse pelo
conteúdo.
O conteúdo de uma
informação da monta de previsão precisa ser tratado com muita responsabilidade
e, a previsão do tempo, está provado, é um desses conteúdos.
Se a emissora não
tem condições de assumir a responsabilidade pela informação da previsão do
clima, então que não dê a informação que pode ser falsa, muito falsa, ou
absolutamente falsa.
O pior é que,
depois da informação do clima, sempre vem a campanha de combate às fakes news.
Agora, avalie, o
que é mais fake news do que a previsão do tempo no Brasil?
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