Rodolfo Juarez
Os agentes públicos
brasileiros, principalmente do Poder Executivo, não estão suficientemente
preparados para enfrentar as dificuldades da população com as catástrofes
decorrentes de episódios debitados para a natureza.
Isso vem sendo
constatado desde os episódios de queda de barreira, até às secas ou cheias
decorrentes de questões climáticas, pelas diversas regiões geográficas que
formam o território brasileiro.
A defesa civil não
está suficientemente preparada e com orçamento para enfrentar essas
catástrofes, muito embora a população se desdobre no sentido de oferecer ajuda
e ajudar efetivamente. Entretanto, para que a ajuda seja eficaz seria
necessário a Defesa Civil contar com estrutura capaz de servir de elo
complementar ao esforço da população.
A Defesa Civil, em
todos os lugares do território brasileiro, a cada episódio, identifica os tais
“pontos críticos”, informa o Executivo (municipal, estadual ou nacional), mas,
as providências necessárias não são tomadas por absoluta falta de controle e comando
do órgão defensivo colocado a serviço da população no momento do desastre.
É assim nos
episódios menores, como naqueles de grande vulto como aconteceu, recentemente
na Amazônia Ocidental e, mais recentemente ainda, no Estado do Rio Grande do
Sul, onde os dirigentes viram quase 80% do seu território ficar debaixo d’água.
Para atender esses
casos são convocadas equipes que não estão treinadas para isso, como é o caso
dos soldados e oficiais do Exército Brasileiro, dos soldados e oficiais da
Força Nacional, das polícias municipais, estaduais e federal, com os seus
respectivos equipamentos que estão disponíveis para outros serviços que não a
ação de salvamento de pessoas e coisas devido às chuvas, enchentes, secas etc.
No afã de atender
às necessidades de momento, vão lá os agentes, soldados e os oficiais cada qual
com o seu comandante ou delegado, de forma improvisada e desajeitada, enfrentar
um trabalho para o qual não recebeu treinamento.
Até mesmo os mais
simples equipamentos usados pelos soldados, principalmente, são inadequados e
impróprios, como é o caso que se viu agora, no Rio Grande do Sul, quando
soldados do Exército Brasileiro remando com remos impróprios, contra a
correnteza e sendo levado, para o sentido contrário, daquele que pretendiam,
levados pela embarcação em que estavam.
O caso é muito
sério!
É preciso encontrar
uma equação que comporte as diversas variáveis que precisam sem conhecidas
claramente, no sentido de terem o conhecimento e o treinamento suficiente para
resolve-las no espaço de tempo que, na maioria das vezes, significa a perda de
vidas ou de patrimônios que levaram anos para serem adquiridos.
O exemplo que as autoridades brasileiras deram, servem apenas para demonstrar erros que precisam ser eliminados, para que não haja o desperdício no meio de tanta boa vontade da própria população local e o resultado da solidariedade da população de todo o Brasil.
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