Rodolfo Juarez
O Tribunal Superior
Eleitoral publicou o número de eleitores que residem no Estado do Amapá e que
estão aptos a votar na eleição municipal do dia 6 de outubro e eleger os 16
prefeitos, os 16 vice-prefeitos e os 174 vereadores às câmaras municipais.
A publicação veio
sem surpresas a não ser pelo encolhimento do eleitorado apto no município de
Macapá. Uma queda, em dois anos, de 729 eleitores o que representa 0,23%, a
menos, do que o divulgado às vésperas das eleições nacional e gerais de 2022.
Esse aspecto pode
ser considerado um dado inusitado uma vez que nunca havia, há dois anos ou
mais, sido registrado qualquer queda no número de eleitores aptos a votar em
uma eleição.
Por outro lado,
houve aumento se considerado todo o colégio de eleitores aptos do estado. No
período houve um crescimento no eleitorado apto a votar corresponde a 20.861
eleitores o que indica um crescimento de 3,78%, com relação aos 550.687
eleitores aptos que estavam sendo esperado para participar das eleições de
2022. Trata-se de um índice compatível com a média de crescimento anual de
eleitores.
Até agora o
crescimento do eleitorado da Zona Norte da cidade de Macapá ainda não reflete a
impressão que dá no sentido de que se está lidando com a região da cidade que
mais cresce, entretanto, não há esse reflexo no número de eleitores.
O registro trouxe a
2.ª Zona Eleitoral, que pode ser interpretada como a que cobre a Zona Sul de
Macapá, com 176.626 eleitores aptos, enquanto a 10.ª Zona Eleitoral, que além
da Zona Norte de Macapá, ainda contém os eleitores dos municípios de Cutias e
Itaubal e que, somando os três conjuntos de eleitores vinculados à 10.ª Zona
Eleitoral, chegam ao total de 151.038, onde mais de 15 mil destes eleitores são
de Cutias e Itaubal.
Com relação às
eleições majoritárias, Macapá, com mais de 200.000 eleitores é o único
município do estado onde pode haver 2.º turno. A regra assim estabelece para
municípios que conta com mais de 200 mil eleitores aptos a votar e onde nenhum
dos candidatos a prefeito alcança, no primeiro turno da eleição, a maioria
simples (metade +1) dos votos válidos.
Os votos válidos
são aqueles dados diretamente aos candidatos, portanto, não se conta os brancos
nem os nulos, este (brancos e nulos) são abandonados no momento de fazer o
cálculo da “metade + 1”.
Há necessidade de
os candidatos ficarem atentos aos eleitores que estão ficando em casa no dia da
votação, isto é, os eleitores que, mesmo estando apto para votar, deixa de
comparecer na sessão eleitoral, preferindo pagar a multa e contribuindo,
diretamente, para o aumento no nível de abstenção na eleição.
Uma abstenção acima
de 15% já pode ser considerada preocupante. Uma abstenção de mais de 25% é
preocupante. Pois bem, na eleição de 2020, eleição municipal, foram
registrados, no 1.º turno, abstenção superior a 25% e no segundo turno,
abstenção superior a 33%.
Analisar os números
da eleição é uma obrigação dos dirigentes políticos e dos candidatos. Essa
etapa é importante tal qual a pré-campanha, a campanha nas ruas e no rádio, na
televisão e nas mídias sociais.
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