Rodolfo Juarez
Até agora, no que
se refere às eleições municipais, o que se concluiu é de que tudo não passou de
um ensaio, principalmente no cultivo às respostas das redes sociais e, ainda,
um pouco da imprensa especializada, de eleitores e, até, de não eleitores, para
saber o tamanho da popularidade de um pretendente, para, então, esse
pretendente confirmar a sua participação no pleito de 2024, não apenas como
eleitor ou observador, mas, efetivamente na luta por um dos cargos oferecidos
nas eleições de outubro.
Afinal, no Brasil,
os cargos políticos, principalmente os que resultam de eleições populares, são
cobiçados e muitos disputados. O número de candidatos atesta essa afirmação e
as festas que antecedem o pleito e prosseguem quando o resultado é bom, refletem
a felicidade dos eleitos ou quase eleitos.
O que se vê nestes
dias do mês de julho de 2024, sob a desculpa de que se está trabalhando o
programa “Macapá Verão”, são buscas dessintonizadas da realidade enfrentada
pela população que, entretanto, se vê satisfeita ou, simplesmente aproveita o
que lhe é oferecido como se fosse uma ocorrência natural ou os cofres do
município estivesse bamburrando de dinheiro, sobrando para pagar os cantores da
primeira linha do cenário nacional.
Não dá nem para
dizer que os escolhidos têm um critério que pode atender às regras públicas,
quando o povo da cidade pede por transporte público adequado, limpeza pública
eficiente, tratamento de esgoto como preconizado no Marco Regulatório para o
setor e tantas outras necessidades que poderiam ser resolvidas mudando o lado
do disco.
Mas pão e circo
sempre funcionou para o meio político. E daí, o que fazer?
Mudar isso é sempre
o que a população quer. Dar outro rumo para o desenvolvimento local é o que se
espera quando se escolhe um gestor para os tributos pagos com tantos sacrifício
da população e das pessoas, diretamente.
Cabe, ao eleito,
honrar o cargo que a população lhe confiou. “Mas isso não tem dado muito
resultado” disse um dos debatedores em evento que discutia o exercício dos
mandatos pelos gestores atuais.
Recentemente o site
G1, da Rede Amazônica, apurou que o atual prefeito de Macapá, em pré-campanha
pela reeleição, cumpriu apenas 22,22% das promessas feitas para o eleitor
quando da sua campanha em 2020. Isso significa que não realizou 1/4 do que
prometera para o eleitor quando já se passaram mais de 3/4 do seu mandato, ou
seja, deixou de realizar 77,78% do que prometera.
Não tem mais tempo
para cumprir o restante das promessas!
Mas a campanha está
ai. Sabe que o seu projeto político é bem maior e não cabe na prefeitura de
Macapá e, por isso, a escolha do vice-prefeito de Macapá é importante. Para se
ter uma idéia, na ata de escolha do vice na chapa do atual prefeito, devem estar
constando três possibilidades, três nomes, ou seja, três candidatos ao cargo de
vice.
As festas continuam
até o dia em que a população apresente fôlego para estar presente, tendo como
pano de fundo as férias que, noutros tempos, era apenas as férias dos
professores, mas que, em ano de eleição, se transformam na oportunidade do
gestor do dinheiro público que está de plantão, fazer a sua própria festa, na
busca de embebedar, pela música ou pelo álcool, os antigos e novos adeptos.
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